Gabriele Salvatores e Paolo Giordano anunciaram novos projetos<\/em><\/p>\n <\/p>\n A pandemia de coronav\u00edrus deu um duro golpe na cultura da It\u00e1lia, com fechamento de museus, cancelamento de shows e adiamento de lan\u00e7amento de livros, mas tamb\u00e9m est\u00e1 servindo de inspira\u00e7\u00e3o para a cria\u00e7\u00e3o de novas obras.<\/p>\n Nos \u00faltimos dias, pelo menos dois grandes nomes da cultura italiana, um do cinema e outro da literatura, anunciaram projetos motivados pelo regime de confinamento imposto pelo Sars-CoV-2.<\/p>\n O cineasta Gabriele Salvatores, vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro em 1991 por “Mediterr\u00e2neo”, confirmou que dirigir\u00e1 um document\u00e1rio chamado “Viaggio in Italia” (“Viagem pela It\u00e1lia”, em tradu\u00e7\u00e3o livre), que contar\u00e1 a vida e as emo\u00e7\u00f5es das pessoas confinadas em casa neste tr\u00e1gico momento hist\u00f3rico.<\/p>\n Salvatores lan\u00e7ar\u00e1 um apelo nas redes sociais para internautas mandarem materiais in\u00e9ditos, gravados sempre dentro de casa e que apresentem a rotina e o pensamento das pessoas em isolamento: o que se v\u00ea da pr\u00f3pria janela, os medos, as reflex\u00f5es, quem est\u00e1 trabalhando, quem foi for\u00e7ado ao repouso.<\/p>\n Um grupo formado por colaboradores em todo o territ\u00f3rio nacional se ocupar\u00e1 da coleta dos v\u00eddeos, e o objetivo do cineasta \u00e9 produzir um relato cronol\u00f3gico da pandemia, desde quando os italianos olhavam para a China e pensavam no novo coronav\u00edrus como algo distante.<\/p>\n Literatura<\/strong><\/p>\n No campo liter\u00e1rio, o escritor Paolo Giordano, famoso mundialmente pelo romance “A solid\u00e3o dos n\u00fameros primos”, lan\u00e7ar\u00e1 em breve o livro “Nel contagio” (“No cont\u00e1gio”), que, nas palavras da editora Einaudi, aborda a “emerg\u00eancia sanit\u00e1ria mais importante de nossa \u00e9poca”.<\/p>\n “N\u00e3o tenho medo de adoecer. Do que tenho medo, ent\u00e3o? De tudo aquilo que o cont\u00e1gio pode mudar. De descobrir que a estrutura da civiliza\u00e7\u00e3o que conhe\u00e7o \u00e9 um castelo de cartas. Tenho medo da extin\u00e7\u00e3o, mas tamb\u00e9m de seu oposto: que o medo passe em v\u00e3o, sem deixar atr\u00e1s de si uma mudan\u00e7a”, diz um trecho do livro.<\/p>\n No volume, Giordano, que tem doutorado em f\u00edsica, aborda a complexidade do mundo em que vivemos, de suas l\u00f3gicas sociais, pol\u00edticas, econ\u00f4micas, interpessoais e ps\u00edquicas. O dinheiro arrecadado com a venda do livro financiar\u00e1 duas bolsas de estudo, uma de intelig\u00eancia artificial e outra de an\u00e1lise de dados aplicada \u00e0 epidemiologia, na Escola Internacional Superior de Estudos Avan\u00e7ados de Trieste (Sissa). (ANSA)<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n <\/p>\n Fonte: Terra<\/p>\n Foto: ANSA\/ Ansa – Brasil<\/p>\n <\/p>\n