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Para ampliar o atendimento \u00e0s pessoas em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia sexual e garantir mais qualidade no servi\u00e7o, a Secretaria de Sa\u00fade preparou um novo fluxo de atendimento \u00e0s pessoas que procuram a rede municipal.<\/p>\n

O primeiro atendimento deve ocorrer sempre em at\u00e9 72 horas (tr\u00eas dias) ap\u00f3s o ato de viol\u00eancia sexual. Mulheres, crian\u00e7as e homens em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia devem procurar uma das tr\u00eas unidades de pronto atendimento do Munic\u00edpio: UPA Central (Rua Joaquim T\u00e1vora, 250), Pronto-Socorro da Zona Leste (Avenida Afonso Pena, 386) ou Pronto-Socorro da Zona Noroeste (Rua Ministro Agamenon Magalh\u00e3es s\/n\u00ba). Mulheres maiores de 12 anos podem ainda procurar o Complexo Hospitalar dos Estivadores (Av. Conselheiro N\u00e9bias, 401) ou o Hospital e Maternidade Silv\u00e9rio Fontes (mesmo endere\u00e7o do PS Zona Noroeste).<\/p>\n

A \u00faltima revis\u00e3o havia ocorrido em 2013. “Percebemos aumento na procura desse tipo de atendimento e estendemos a porta de entrada para todas as unidades de pronto atendimento e hospitais. Antes, apenas o Pronto-Socorro da Zona Noroeste era a refer\u00eancia de entrada no cuidado na rede municipal”, destaca Milene Mori, enfermeira do Grupo T\u00e9cnico de Sa\u00fade da Mulher.<\/p>\n

A pessoa \u00e9 orientada a fazer boletim de ocorr\u00eancia. Al\u00e9m disso, as unidades de sa\u00fade notificam a vigil\u00e2ncia epidemiol\u00f3gica e o conselho tutelar. Nesses locais, \u00e9 realizado o acolhimento necess\u00e1rio, bem como os testes r\u00e1pidos para HIV, hepatites e s\u00edfilis; vacina contra a hepatite B; in\u00edcio do tratamento de profilaxia \u00e0s infec\u00e7\u00f5es sexualmente transmiss\u00edveis e medica\u00e7\u00e3o para concep\u00e7\u00e3o de emerg\u00eancia.<\/p>\n

Crian\u00e7as, mulheres e adolescentes s\u00e3o encaminhadas ao Paivas \u2013 Programa de Aten\u00e7\u00e3o Integral \u00e0s V\u00edtimas de Viol\u00eancia Sexual, que funciona no Instituto da Mulher e Gestante, onde s\u00e3o acompanhados por seis meses por uma equipe multiprofissional.<\/p>\n

J\u00e1 os homens, travestis, transexuais e membros da comunidade LGBT passam por acompanhamento de um semestre com equipe multiprofissional no Servi\u00e7o de Aten\u00e7\u00e3o Especializada, que funciona na sede da Coordenadoria de Controle de Doen\u00e7as Infectocontagiosas.<\/p>\n

Ap\u00f3s os seis meses de acompanhamento, se necess\u00e1rio, o paciente \u00e9 encaminhado para o Centro de Aten\u00e7\u00e3o Psicossocial (Caps).<\/p>\n

No Paivas, as mulheres passam por teste de gravidez. Caso seja positivo e a gestante aceite o beb\u00ea, inicia o pr\u00e9-natal\u00a0no Instituto da Mulher e Gestante. Caso n\u00e3o aceite, \u00e9 iniciado o protocolo de interrup\u00e7\u00e3o legal de gravidez em casos de estupro e, posteriormente, a paciente \u00e9 encaminhada para o procedimento na unidade de refer\u00eancia, com atendimento humanizado, conforme preconiza a lei federal 12.845, de agosto de 2013.<\/p>\n

Em 2017, foram registrados 114 casos de viol\u00eancia sexual ocorridos em Santos e, em 2018 (de janeiro a agosto), foram 57. Com rela\u00e7\u00e3o a pessoas que vivem em Santos, 121 sofreram viol\u00eancia sexual em 2017, mesmo que em outros munic\u00edpios, e 66 em 2018 (de janeiro a agosto).<\/p>\n

EVENTO<\/b><\/p>\n

O novo fluxo foi apresentado aos profissionais das secretarias de Sa\u00fade e Desenvolvimento Social, conselheiros tutelares no semin\u00e1rio “Repensando a Viol\u00eancia Sexual”, no qual tamb\u00e9m ocorreram palestras do m\u00e9dico Jefferson Derzett, sobre o atendimento \u00e0s v\u00edtimas, e do advogado Marcos Coltrane, sobre os aspectos \u00e9ticos e legais da viol\u00eancia sexual.<\/p>\n<\/div>\n

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Foto: Raimundo Rosa<\/em><\/strong><\/p>\n