Nesta sexta-feira (8), durante coletiva de imprensa, o Governador Jo\u00e3o D\u00f3ria informou que a quarentena em todo o Estado foi prorrogada para at\u00e9 o dia 31.05.\u00a0 \u201cTemos que respeitar e amar a vida. Respeitar aquilo que de mais nobre recebemos dos nossos pais. A exist\u00eancia. A decis\u00e3o \u00e9 pela vida”.<\/p>\n

Conselho Municipalista\u00a0<\/strong><\/p>\n

Durante a ocasi\u00e3o, foi\u00a0 lan\u00e7ado o Conselho Municipalista, entre o Governo de S\u00e3o Paulo e as Prefeituras para ampliar o di\u00e1logo e a\u00e7\u00f5es. Conforme o Secret\u00e1rio de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, as reuni\u00f5es ser\u00e3o semanais afim de discutir as medidas de enfrentamento ao v\u00edrus, que tem crescido no interior do estado. O objetivo \u00e9 ampliar o di\u00e1logo e pactua\u00e7\u00e3o das a\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

“Sobre os recursos materiais para a Baixada Santista,\u00a0 com a cria\u00e7\u00e3o deste, h\u00e1 um fortalecimento maior. Faz com que a troca experiencial seja mais r\u00e1pida. Deve agilizar processos e informa\u00e7\u00f5es”, diz D\u00f3ria.<\/p>\n

Dentre os destaques, o Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, esteve presente.<\/p>\n

Sa\u00fade <\/strong><\/p>\n

“Poder\u00edamos chegar a 700 mil casos\u00a0 da Covid-19 no dia de hoje se nada fosse feito. A partir de 13.03, e na sequ\u00eancia, at\u00e9 a amplitude total destas medidas”. Hoje, o Estado regista 41.830 casos da doen\u00e7a, diz Dr. Dimas Covas, diretor do Instituto Butant\u00e3.<\/p>\n

“N\u00f3s t\u00ednhamos dois cen\u00e1rios tra\u00e7ados. Um mais otimista e outro mais pessimista. No mais pessimista, felizmente, tomou um rumo diferente. Hoje estamos com um cen\u00e1rio ainda muito preocupante. Poupamos neste per\u00edodo 40 mil vidas em virtude destas medidas. Esta progress\u00e3o est\u00e1 em uma velocidade 4 vezes maior do que era o previsto”.<\/p>\n

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Hoje o Estado contabiliza 3.206 mortes desde o in\u00edcio da pandemia (Cr\u00e9dito: Divulga\u00e7\u00e3o)<\/em><\/p>\n

Conforme Dr.Dimas, na Grande S\u00e3o Paulo, a taxa de ocupa\u00e7\u00e3o de leitos \u00e9 de 90%. “No Estado de S\u00e3o Paulo \u00e9 70%. \u00c9 importante frisar que j\u00e1 est\u00e1 ocorrendo a amplia\u00e7\u00e3o dos leitos. Os 41.830 casos confirmados s\u00e3o uma fotografia do passado. S\u00e3o casos de 2 semanas, 3 semanas atr\u00e1s. Com base nestas tend\u00eancias, esta curva projetada at\u00e9 entre 90 e 100 mil casos. N\u00f3s n\u00e3o conseguimos alter\u00e1-la com as medidas que n\u00f3s tomamos hoje. Vamos come\u00e7ar a ter poder de alterar a curva a partir de 2 semanas. Podemos chegar entre 90 mil e 10 mil casos. Isso considerando o isolamento social”.<\/p>\n

Os especialistas explicam que o ideal \u00e9 de que as medidas de isolamento no Estado sejam entre 55% e 60%. No momento, os n\u00fameros s\u00e3o inferiores a estes apontamentos.<\/p>\n

Isolamento social x atividade econ\u00f4mica <\/strong><\/p>\n

“Gostaria de chamar a aten\u00e7\u00e3o de todos para alguns aspectos relevantes que foram colocados e o que impacta na atividade econ\u00f4mica. Existe um equ\u00edvoco de que o isolamento social \u00e9 que est\u00e1 causando a crise econ\u00f4mica. N\u00e3o \u00e9. A crise \u00e9 causada pela pandemia. Parece \u00f3bvio, mas no discurso de muitos e a\u00e7\u00f5es de muitos, est\u00e3o agindo contra a dire\u00e7\u00e3o contr\u00e1ria”, diz o secret\u00e1rio da Fazenda e Planejamento do\u00a0Estado de S\u00e3o Paulo, Henrique Meirelles.<\/p>\n

“O setor mais afetado pela crise foi servi\u00e7os dom\u00e9sticos. O que afeta a economia \u00e9 a pandemia. N\u00e3o s\u00e3o as medidas para combate-las. Os resultados das experiencias de pa\u00edses que j\u00e1 passaram pelo pico, come\u00e7a a retomar depois que se passa o pico. O isolamento social tem o objetivo de combater, e consequentemente, beneficia a economia”.<\/p>\n

“Experiencias hist\u00f3ricas enfatizam isso. Localidades que adotaram a quarentena foram os que se recuperaram mais rapidamente. Temos que sim, fazer a extens\u00e3o da quarentena, da maneira mais rigorosa o poss\u00edvel. \u00c9 importante que, n\u00e3o s\u00f3 por isso, mas \u00e9 uma quest\u00e3o objetiva. Quanto mais r\u00e1pida controlada, mais r\u00e1pido sairemos da crise”.<\/p>\n

“Um exemplo atual, independente de experiencias de outros pa\u00edses, pa\u00edses que demoraram para adotar com rigor a quarentena, como \u00e9 o caso do Reino Unido, diz que espera uma queda de produto de 14%. Quanto mais baseada em dados cient\u00edficos, melhor e mais r\u00e1pido, vamos vencer a pandemia. Este sequenciamento \u00e9 fundamental”.<\/p>\n

“Estamos prontos para colocar o plano\u00a0 em vigor no momento que os indicadores de sa\u00fade indicarem que \u00e9 a hora certa. A ideia \u00e9 elaborar frases de flexibiliza\u00e7\u00e3o. Ser\u00e3o determinadas e priorizadas de acordo com os setores que estamos trabalhando e definindo como setores cr\u00edticos. Tanto pelo impacto da crise da pandemia, de emprego e informalidade. Precisamos garantir empregos em nosso Pa\u00eds, afim de que as atividades voltem a normalidade de forma priorit\u00e1ria, informa Ana Carla Abr\u00e3o, coordenadora do Conselho Econ\u00f4mico do Estado de S\u00e3o Paulo.<\/p>\n

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Ana Carla Abr\u00e3o aponta no gr\u00e1fico os setores que foram mais prejudicados com a pandemia (Cr\u00e9dito: Divulga\u00e7\u00e3o)\u00a0<\/em><\/p>\n

“A flexibiliza\u00e7\u00e3o dos setores de transportes e educa\u00e7\u00e3o – estes dois aspectos s\u00e3o importantes para que as pessoas possam sair de casa com seguran\u00e7a. As pessoas precisam ter onde deixar os seus filhos para que elas possam ter a disponibilidade de ir ao trabalho. Na primeira fase, os protocolos s\u00e3o mais r\u00edgidos, e tender\u00e3o a ser flexibilizados, sempre de acordo com o olhar da sa\u00fade. S\u00e3o divididos em diretrizes. Alguns s\u00e3o padr\u00e3o. Outros para cada setor. Chegaremos com 277 diretrizes distintas e elaboradas com a customiza\u00e7\u00e3o necess\u00e1ria para cada setor”.<\/p>\n

“Existem v\u00e1rios destes setores que est\u00e3o abertos de forma legal. Dom\u00e9sticos e constru\u00e7\u00e3o civil, por exemplo. Mas existem restri\u00e7\u00f5es comportamentais. As pessoas est\u00e3o com medo.\u00a0\u00c9 importante termos estes indicadores de sa\u00fade para que n\u00f3s possamos conseguir uma resposta positiva das restri\u00e7\u00f5es comportamentais e operacionais”.<\/p>\n

Amea\u00e7as<\/strong><\/p>\n

Desde que a Prefeitura de S\u00e3o Paulo limitou\u00a0 a circula\u00e7\u00e3o de carros na cidade por meio de um esquema de um rod\u00edzio ampliado e mais restritivo, anunciada na \u00faltima quinta-feira (7), o Governador Bruno Covas, declarou que passou a receber uma s\u00e9rie de ame\u00e7as nas redes sociais.\u00a0“N\u00e3o vamos retroceder nenhum mil\u00edmetro. As nossas decis\u00f5es s\u00e3o para salvar vidas. A Prefeitura segue no caminho do bem e na defesa da vida. Tudo o que estiver ao nosso alcance ser\u00e1 feito. Vamos corrigindo as medidas erradas e tomando as necess\u00e1rias para podermos salvar vidas. E garantir, o mais importante, neste momento que \u00e9 o acesso da popula\u00e7\u00e3o mais vulner\u00e1vel a sa\u00fade p\u00fablica. Por isso estamos quadruplicando o n\u00famero de leitos de UTI, inclusive, fazendo parcerias com o setor privado”.<\/p>\n

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