Os estudos da relação entre os animais domésticos e seus tutores (“donosâ€) têm sido, historicamente, elaborado na perspectiva de analisar os animais como sendo vetores na transmissão de uma série de doenças infecciosas, sejam elas, bacterianas, virais ou parasitárias. De fato, a lista de doenças que podem ser transmitidas aos seres humanos não é pequena, ainda mais quando os tutores não têm consciência ou negam esse fato.
Mais recentemente, no entanto, um outro tipo de estudo tem sido realizado, e cada vez mais com consistência cientÃfica, a do benefÃcio aos humanos na convivência com os animais. Recente estudo americano envolvendo mais de 1600 pessoas acima dos 50 anos mostrou que 51% mantinha ao menos um animal em casa. Os cães e gatos apareceram com maior frequência, mas também peixes e pássaros em bem menor número.
O estudo concluiu que o grupo de pessoas que mantinham animais em casa apresentou 1,8 vezes mais casos de depressão durante a vida. Porém, o número de casos de depressão que tivessem acontecido em tempo próximo à pesquisa era igual entre os tutores de animais e os não tutores. Um estudo canadense também mostra que a qualidade de vida de tutores e de não tutores se mantém na mesma dimensão estatÃstica.
Com isso, é importante ressaltar que a convivência com os animais precisa ser responsável porque eles não podem ser considerados como medicamentos para transtornos mentais, mas a convivência saudável trará benefÃcios para idosos, crianças e pessoas com transtornos mentais, desde que o indivÃduo goste e queira manter um animal em casa.
Apesar da sabida associação dos animais como vetores de doenças infecciosas, os estudos sobre o quanto os animais de fato aumentam o risco de doenças ainda é contraditório. Um estudo alemão concluiu que o nÃvel de agentes nocivos no ambiente doméstico é diretamente relacionado com a presença de animais em casa, independentemente do ambiente externo. Ou seja, os animais em si são os portadores, eles não “trazem†os agentes infecciosos para dentro de casa.
Por outro lado, um estudo inglês mostrou que, a despeito da presença de animais na casa, os idosos que convivem com animais não apresentam nenhum aumento em processos inflamatórios ou comprometimento pulmonar. Mas para isso, é necessário que os animais recebem cuidados de médicos veterinários e tenham acesso a alimentos de qualidade. Em suma, os animais podem ser bons companheiros para os humanos, desde que os humanos sejam bons companheiros para os animais.