O vitalismo é uma forma de entender a vida e seus fenômenos. Diferentemente da ciência moderna, que não estuda e nem considera a influência da individualidade sobre o corpo, o pensamento vitalista entende separar a mente do corpo. Na realidade, é mais do que mente, mas é o ser individual que habita o corpo e transcende a ele.
O vitalismo tem múltiplas formas de entendimento, porém em uma leitura não preconceituosa é possÃvel muitas coisas em comum. As filosofias orientais e suas terapêuticas, como Medicina Tradicional Chinesa, acupuntura, Ayurvedica ou ioga, se somam ao pensamento homeopático e outras terapêuticas como os florais e Reiki.
De um modo geral, o pensamento vitalista entende haver uma energia/ força que circula pelos corpos vivos e para alguns dessas filosofias também nos inanimados. A circulação dessa força/ energia tem de ser fluida e constante. No desequilÃbrio dessa força, o corpo se desarranja impedindo que explore a potencialidade para realizar sua vida ou missão.
Como o desarranjo é dinâmico, ou seja, não é o corpo propriamente que está doente, mas essa energia que está desequilibrada, então as terapêuticas propostas também precisam ser dinâmicas, não necessariamente quÃmicas. Historicamente, o desenvolvimento do conhecimento ocidental não permitiu esse entendimento, pelo contrário, as práticas são especializadas e exclusivamente corpórea. Nesse choque de pensamento, o conflito está gerado e na visão dos mais radicais, as práticas vitalistas confunde-se com o charlatanismo.
Como visão oficial (Ministério da Saúde, OMS, etc.) as terapêuticas vitalistas são consideradas complementares. Também recebem o nome de tradicionais porque são aplicadas de longa data e transmitidas culturalmente. Nos dias de hoje, muitos profissionais da saúde têm aderido a elas por sentir que não é possÃvel apenas “consertar†o corpo fÃsico sem se atentar ao que a pessoa está sofrendo ou sentindo. Algumas linhas da psicologia também afirmar haver essa correlação, apresentando os fenômenos psicossomáticos.
Muitas pesquisas realizadas por pesquisadores não necessariamente associados à linha do pensamento vitalista têm afirmado que as relações sociais, familiares, amorosas são elementos fundamentais para uma boa saúde orgânica. Assim, independentemente da visão religiosa de mundo, a humanidade está sendo chamada a se tornar humana, plena, integral. Somos seres fÃsicos, orgânicos, espirituais, individuais e coletivo, tudo integrado, holÃsticos. E não podemos deixar de pensar que uma força/energia superior, como quiser chamá-la é o grande elo que nos permite viver para realizar o nosso cotidiano.