PUBLICIDADE

Santos / Saúde

Tosse seca: cebola pode diminuir os efeitos da doença respiratória em crianças?

Por Alexandre Piqui

Resfriado, bronquiolite, crise de asma, sinusite, rinite são as doenças mais comuns nesta época do ano. Quem tem filho pequeno, sofre aos ver as crianças apresentando problemas respiratórios. O MAIS SANTOS, fez um levantamento com as Secretarias de Saúde da Baixada Santista sobre os índices de crianças que deram entrada em unidades de pronto atendimento com esse tipo de queixa. Das nove cidades no qual as informações foram solicitadas, apenas três responderam.

Peruíbe, foi a cidade com os dados mais preocupantes. De acordo com a prefeitura, foram atendidas na UPA do município 3.773 crianças com problema respiratório, somente no mês de maio.

Em São Vicente, no ano passado, de janeiro a abril, 454 crianças com menos de um ano de vida até os 14 anos foram atendidas nas unidades de Urgência e Emergência com doenças no aparelho respiratório. Já em 2019, em igual período e faixa etária, 396 crianças receberam assistência médica com as mesmas queixas.

A Secretaria de Saúde de Guarujá informou que de janeiro a maio deste ano, 679 crianças passaram pela rede municipal de saúde com sintomas de doenças respiratórias. Já no mesmo período do ano passado, o volume total foi de 763 pacientes atendidos.

Segundo a médica pediatra, Mirian Valente, o clima seco pode provocar uma diminuição das secreções provocando o ressecamento das mucosas da boca, do nariz e dos olhos causando sintomas de ardência além de provocar o agravamento de doenças respiratórias e desencadear processos alérgicos.

“A tosse é um sintoma bem comum dessas doenças, por isso recomendamos o aumento da ingestão de líquidos e a lavagem nasal com soro fisiológico, além de evitar ambientes fechados e aglomeradosâ€, explica.

Receita da vovó

Algumas famílias recorrem às receitas caseiras. Já ouviu falar em colocar cebola ao lado da cama da criança com tosse? Fizemos a pergunta a especialista. “A cebola é considerada um “descongestionante†natural e pode “limpar†o ambiente. Mas não existe nenhuma comprovação científica. É uma prática caseira e popularâ€, comenta.

O bom mesmo é neste período deixar a casa limpa, passando um pano úmido no chão, nos móveis para evitar o acúmulo de poeiras, sugere a médica. E na hora de dormir, quem não tem o aparelho umidificador pode improvisar. “Vale colocar balde de água (longe do alcance da criança) para melhorar a umidade do arâ€, orienta Mirian Valente. “Outra dica é evitar atividades ao ar livre entre 10 e 16 horas quando o tempo está mais quente e o ar mais secoâ€, complementa.

“A lavagem das mãos e o uso do álcool gel diminuem bastante a transmissão das doenças e não podem ser esquecidos”, alerta a médica.

Repostas às solicitações do MAIS SANTOS

Outras duas prefeituras responderam ao pedido sobre o número de atendimentos as crianças. A Secretaria de Saúde de Santos informou que “os dados não relacionam a causa da doença respiratória; se é uma alergia, vírus ou simplesmente o tempo seco. Não há esse pormenorâ€.

Já Itanhém em nota explicou que “por conta de tais quadros clínicos – doenças respiratórias – não são casos de notificação compulsória, ou seja, quando há obrigatoriedade de registro. Não há levantamentos quantitativos dos atendimentos realizados nas Unidades de Saúde da Família (USFs) da Cidade ou na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas de Itanhaémâ€.