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Santos / Saúde

Sexo desprotegido

Nos dias de hoje, as relações sexuais são praticadas com mais liberdade, sem tantos constrangimentos e preconceitos. Sem fazer juízos de valor, sejam religiosos, morais ou da responsabilidade pessoal, o sexo é uma questão de saúde pública devido a suas possíveis consequências. Gravidezes precoces ou não planejadas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST, antiga DST) podem comprometer a qualidade de vida das pessoas.

As estimativas de incidência de IST são assustadoras. Anualmente no Brasil, esses são os números de casos apresentados pela OMS: mais de 900 mil para a sífilis; mais 1,5 milhão para gonorreia; clamídia são quase 2 milhões; herpes genital, 650 mil; e HPV 685 mil.

A infecção por HIV apresenta números menores, porém com consequências devastadoras. Segundo o Ministério da Saúde, de 2007 até junho de 2016, foram notificados cerca de 137 mil casos de infecção pelo HIV no Brasil. Os números são menores, porém as consequências são dramáticas. São seis óbitos por AIDS para cada 100.000 habitantes. Os números de infectados começam a subir a partir do início da vida sexual. São números crescentes a partir da faixa de idade entre 10 e 14 anos. É a principal via é a sexual.

O uso de preservativos de barreira, a camisinha, garante a prevenção das gravidezes e das IST. São distribuídas gratuitamente, sem questionamento, pelas unidades de saúde do SUS. Mesmo quando adquirido, a unidade custa em torno de R$ 2,00. A um custo razoável, tem eficácia garantida no controle da gravidez e das IST, incluindo-se a infecção por HIV.

O sexo desprotegido é uma prática mundial e atinge todas as formas de relação, sejam elas hétero ou homossexuais. Alguns estudos apontam que metade das relações sexuais acontecem sem proteção. Inclusive entre pessoas sabidamente infectadas por HIV. O não uso de preservativos também pode estar associado ao uso de drogas, principalmente pelo abuso de álcool, seja de forma cotidiana ou em baladas e encontros. Comparativamente, quanto melhor a condição financeira e cultural, maior é o uso de preservativos.

O uso da palavra preservativo está bastante associado à camisinha ou preservativo masculino. Há de se considerar a existência e a oferta da versão feminina relacionado à condição de empoderamento a ser assumido pelas mulheres no controle de sua saúde e das relações. Isso é importante porque a mulher tende a ver o sexo como envolvimento e prazer, enquanto para os homens o prazer prevalece. Culturalmente, o uso do preservativo está associado ao desconforto na relação sexual. Mesmo que se considere como uma verdade, a condição de segurança durante o sexo deve prevalecer.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.