A sociedade brasileira está envelhecendo ou, de forma mais técnica, está ocorrendo a inversão da pirâmide demográfica. O número de idosos está se tornando cada vez maior, proporcionalmente ao total do número de habitantes. A esperança de vida da população brasileira, nos dias de hoje, é de 75 anos. Em alguns estratos sociais, a idade estimada é muito maior. Há mais de 2,8 milhões de brasileiros tem mais de 80 anos e, desses, quase 400 mil, mais de 90 anos.
A sociedade precisa entender esse fenômeno. Primeiro, é preciso distinguir duas situações, a senescência e a senilidade. Senescência é o processo natural de envelhecimento. Todos os corpos vivos sofrem processo irreversÃvel e universal de perda funcional, sem que isso signifique um quadro patológico. Os órgãos vão se tornando menos adaptáveis aos fatores estressores naturais, tornando o indivÃduo mais suscetÃvel à s agressões.
Nesse sentido, o envelhecer começa com o nascimento e começa se apresentar de forma mais evidente próximo aos 40 anos. Mas antes disso o corpo já sofre perdas imperceptÃveis. O envelhecer é um processo individual dependente das condições particulares de própria história de vida. Quanto mais hábitos saudáveis ao longo de sua existência, maior a chance dessa evolução trazer menor comprometimento para a vida social, psÃquica e biológica quando idoso.
Ainda que o envelhecer nos deixe mais suscetÃveis à s doenças, não podemos considerá-las sinônimos ou diretamente ligados. É plenamente possÃvel envelhecer com saúde. Mas para isso, é necessário entender que envelhecer, além dos aspectos biológicos importantes, envolve elementos culturais, sociais, econômicos e outros, como a própria condição urbana, por exemplo. É preciso que a sociedade acolha, sem aversão, o idoso, o qual tem de manter-se vivo, social e afetivamente, dentro das relações humanas de toda ordem.
Quando esses cuidados não são apropriados, a senilidade se apresenta mais facilmente, qual seja, como um conjunto de doenças mais comuns nos indivÃduos mais velhos. São esperados hipertensão, diabetes, problemas articulares, entre outras. Essas doenças, ainda que fruto de fatores genéticos, são fortemente determinadas pela qualidade de vida assumida ao longo da existência.
O Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM), do curso de Farmácia da Unisantos, está disponÃvel para solucionar suas dúvidas. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br
Prof. Dr Paulo Angelo Lorandi, farmacêutico pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas-USP (1981), especialista em Homeopatia pelo IHFL (1983) e em Saúde Coletiva pela Unisantos (1997), mestre (1997) e doutor (2002) em Educação (CurrÃculo) pela PUCSP. Professor titular da UniSantos. Sócio proprietário da Farmácia Homeopática Dracena.