PUBLICIDADE

Santos / Saúde

Santos tem suspeita de primeiro caso de febre amarela

Na semana passada, a Secretaria de Saúde de Santos informou, a suspeita do primeiro caso de febre amarela na cidade. O adolescente de 16 anos, que pode ter contraído a doença, foi atendido na Sociedade Beneficência Portuguesa.

Caso a suspeita seja confirmada pelo instituto Adolfo Luiz (vinculada ao Governo do Estado), ela será registrada como importada, já que o jovem teria adquirido a doença em Minas Gerais.

Essa não é a primeira suspeita de febre amarela na região. Ainda nesse mês, em São Vicente, teria sido relatada a suspeita, mas a possibilidade foi descartada após exames.

O médico Evaldo Stanislau, contou, ontem, sobre o caso durante palestra a outros profissionais na Associação Paulista de Medicina (APM) – Santos.

Stanislau foi o responsável pelo atendimento do jovem, na última quarta-feira, após o recebimento de uma ligação para que fosse ao hospital. O paciente apresentou um quadro de febre alta, mal-estar, dores abdominais, naúseas e vômito.

“Esse menino estava com as enzimas hepáticas estouradas e função renal um pouco acima do normal, o que é impactante para um alguém de 16 anos, e provas de coagulação no limite superior ao do normal, o que também é incomum”, explicou ele, que é assistente doutor da Divisão de Clínica de Moléstias Infecciosa e Parasitárias do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP).

O adolescente estava desde o dia 2 de janeiro em um acampamento em São Sebastião das Águas Claras (MG), segundo Stanislau. O acampamento fica localizado no distrito da cidade de Nova Lima, na Região Metropolitana de BH. O local também é conhecido popularmente como Macacos.

O médico relatou que o jovem está internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. O quadro do garoto é estável e com uma boa evolução clínica.

Informações

A informação dada por Stanislau foi confirmada pelo secretário adjunto de Saúde de Santos, Valter Makoto Nakagawa.

“O jovem estava em Santos, onde iria passar alguns dias na casa do avô. Desde que foi para o Einstein, não tivemos mais nenhum contato. Estamos aguardando a confirmação do caso do Instituto Adolfo Lutz. A previsão é de que o resultado saia em até dez dias”, afirmou.