Em 2024, Santos contabilizou 116 novos casos de tuberculose. No ano passado, foram registrados 490 casos.
Foto: Divulgação / Prefeitura de Santos
Da redação
O munícipe que estiver com tosse por três semanas ou mais, seja ela seca ou não, pode participar da campanha de intensificação de busca ativa da Tuberculose, que será realizada nesta sexta-feira (19) no Ambesp Nelson Teixeira (Rua Manuel Tourinho, nº 395 – Macuco) das 9h às 14h, e dos dias 22 a 26 de abril no Serviço de Atendimento Adulto (Rua da Constituição, 556 – Paquetá), das 8h às 11h, e em todas as unidades de saúde de Santos, das 7h às 10h.
Na campanha, o Centro de Controle de Doenças Infecciosas (CCDI) de Santos realizará testes nos munícipes que apresentarem os sintomas da doença, que apesar de ser letal, possui cura e tratamento. Vale lembrar que febre, suor noturno, emagrecimento e falta de apetite são outros sintomas que podem aparecer, porém não ocorrem em todos os casos.
A Secretaria de Saúde de Santos realiza, durante o ano inteiro, o monitoramento e tratamento da doença no Município. Em 2024, Santos contabilizou 116 novos casos de tuberculose. No ano passado, foram registrados 490 casos.
A tuberculose pulmonar é a mais comum e altamente transmissível pelas gotículas expelidas na tosse, fala ou espirro da pessoa infectada. As gotículas que geram a contaminação contêm os bacilos causadores da doença – sendo o Mycobacterium tuberculosis o mais comum – e podem permanecer suspensos no ar por várias horas, o que facilita a transmissão.
Os medicamentos são disponibilizados gratuitamente pelo Governo do Estado. O tratamento tem duração de, pelo menos, seis meses, com ingestão assistida da medicação necessária na policlínica. O procedimento deve ser feito até o fim, para evitar o ressurgimento da doença com uma resistência maior ao medicamento utilizado. Se isso acontecer, é necessário realizar uma nova terapia. Em casos graves de resistência à medicação, o paciente deve ser internado.
Segundo o Ministério da Saúde, uma pessoa contaminada pode infectar de dez a 15 pessoas em média, em uma comunidade, durante um ano. O risco de transmissão ocorre enquanto o paciente elimina bacilos no escarro. Com o início do tratamento, a disseminação tende a diminuir gradativamente. Os imunossuprimidos são mais vulneráveis à infecção da tuberculose.
É importante manter os ambientes arejados, pois o bacilo é sensível à luz solar e a circulação do ar dispersa as partículas infectantes. Pessoas com suspeita de contaminação ou caso confirmado da doença devem usar máscaras até que o exame indique que o paciente não possui risco de transmissão.