O tema peso corporal é muito recorrente e, à s vezes, até chato porque todas mÃdias abordam o assunto. É um verdadeiro massacre de informações. Mas o mundo acadêmico também tem pesquisado o assunto. O Instituto Nacional de Saúde (NIH) americano mantém uma ferramenta de busca sobre pesquisa em saúde. Utilizando-se a palavra obesidade (obesity) como elemento de busca, encontramos que 21.285 trabalhos foram publicados sobre o tema no ano de 2017. Até a presente data, foram publicados 5.914 trabalhos em 2018. O tema é pesquisado justamente devido a sua importância.
Alguns trabalhos controversos apresentam conceitos que criam muita confusão. Um deles é a do paradoxo da obesidade. Segundo alguns estudos, a obesidade seria um fator de proteção e não de risco para danos cardiovasculares. Seria como se admitÃssemos a saúde na obesidade. Recente estudo europeu acompanhou 296.535 pessoas entre os anos de 2006 e 2010. Os indivÃduos tinham idades que variavam entre 40 e 69 anos.
Foram consideradas algumas variáveis, porém duas delas são de fácil entendimento. Uma é o IMC que um valor que se obtém dividindo-se o peso pela a altura ao quadrado. Quando comparados homens e mulheres com IMC de valor de 22 em relação aos que apresentavam 27, os últimos apresentavam 13% mais chances de ter problemas cardiovasculares. Quanto mais peso proporcional maior a chance de infarto, por exemplo.
Outro parâmetro estudado é a circunferência abdominal, a famosa barriga em pessoas aparentemente magras. Os homens não devem ter abdomens superiores a 94 cm e as mulheres, 80 cm. Segundo a OMS, pode-se realizar a medida no maior perÃmetro abdominal entre a última costela e a crista ilÃaca. Quando se aumenta 12,6 cm nas mulheres e 11,4 cm nos homens, os riscos cardiovasculares aumentam em 16% para as mulheres e 10% para os homens. Isso acontece porque o tipo da gordura na barriga libera hormônios que aumentam a pressão arterial.
Para emagrecer com saúde, consulte um nutricionista ou um médico, mas não faça dietas malucas. As vezes pequenas mudanças nos hábitos já diminuem o peso. Um estudo japonês com mais 60.000 pacientes demonstrou que quanto mais rápido for o ato de comer maior será a chance de obesidade. E ao contrário, quanto mais demorada for a refeição, menor a chance de se tornar obeso. Além disso a pesquisa indicou que o tempo ideal do jantar e do sono é superior a duas horas e que após a última refeição não devemos “beliscar†mais nada para não se ganhar um peso extra. E o mesmo trabalho conclui que pular o café da manhã nos deixa mais propenso à obesidade.