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Santos / Saúde

Doenças de inverno

Com a chegada do inverno, algumas doenças se tornam mais prevalentes. Obviamente, a primeira a ser lembrada são as doenças respiratórias. O frio em si, ou a friagem, é visto como o grande responsável pelas gripes e resfriados. Mas essas, são doenças virais transmitidas por micro-organismos. Sem eles, não há frio que nos deixe doente. Se assim fosse, não haveria vida possível em países mais frios, com invernos rigorosos.

Mas a sazonalidade do clima tem sim, grande responsabilidade como causa das doenças. No inverno, o ar costuma ser mais seco e, portanto, mais agressivo para as vias respiratórias. Além disso, nos tempos de frio, a poluição atmosférica aumenta, promovendo maiores riscos de doenças respiratórias, principalmente as alérgicas, como asma e rinite.

Há de se considerar também que, por causa do frio, os ambientes tendem a ser mais fechados, impossibilitando uma boa circulação do ar, aumentando o risco de se contrair os micro-organismos responsáveis pelas gripes, resfriados e pneumonias. Ambientes fechados são menos ensolarados, reduzindo o fator de higienização que a luz solar produz.

Se dá pouca atenção a relação existente entre o aumento das doenças cardiovasculares e o frio. As temperaturas mais baixas aumentam a pressão arterial e sobrecarregam o esforço cardíaco. Além disso, há maior risco de formação de trombos, bem como o de desregular o componente lipídico do sangue (as gorduras). Somando-se todos como fatores de risco.

Ao se expor menos ao sol, ou porque o tempo esteja mais fechado, ou por usar mais roupas, há um decréscimo nas taxas plasmáticas de vitamina D, sintetizada pela pele a partir da exposição à luz solar. Com menos vitamina D circulante, doenças autoimunes, como lúpus eritematoso, psoríase ou artrite reumatoide estarão mais ativas. A vitamina D é um importante fator de regulação da pressão arterial e dos níveis lipídicos plasmáticos.

O transtorno afetivo sazonal ou a depressão devido ao inverno parece ser mais evidente em países onde o clima modifica-se de forma mais pronunciada. Um estudo gaúcho não conseguiu demonstrar que tenha havido maior procura por assistência em serviços de saúde, no inverno, motivado pelo estado depressivo. Apesar que o estudo alerta que o transtorno de humor do tipo depressivo pode se apresentar de forma bastante diversificada, sem que justifique um aumento por procura de ajuda médica e/ou psicológica.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.