A depressão caracteriza-se pela perda de prazer por coisas que antes pareciam interessantes, sentir falta de energia para atividades simples, apresentar sentimento de culpa ou de baixa autoestima, distúrbios do sono (dormir mais ou menos do que o costume), alterações para mais ou menos no apetite e ter dificuldade de concentração. A depressão pode se apresentar em diversos nÃveis. Estima-se que 10% da população brasileira adulta apresente quadro depressivo e um terço das pessoas, temperamento depressivo.
Em uma relação de duas vias, a depressão está associada ao estilo de vida não saudável, como tabagismo, sedentarismo, excesso de álcool, ou de não ter um equilÃbrio adequado de ingestão de alimentos saudáveis. Não se tem clareza se a depressão leva a um estilo de vida não saudável ou vice-versa. Do mesmo modo nessa dupla direção, a depressão relaciona-se à s doenças crônico-degenerativas como hipertensão diabetes e outras.
A ideação suicida, presente em 10% da população jovem brasileira, apresenta-se bastante associada ao quadro depressivo. Próximo de um quinto de pessoas com quadro de depressão tentam ou pensam em suicÃdio. Mas é importante realçar que nem todos os indivÃduos com quadro depressivo pensam em tirar-lhes a própria vida.
Por outro lado, tem se demonstrado cada vez mais a importância do apoio familiar e social. Ter com quem falar e dividir os problemas parece ser uma forma de proteção impedindo a progressão do quadro depressivo. É importante ter a sensação de pertencer a um grupo, como comunidades religiosas. Nesse caso, além da condição de pertencimento, a oração e meditação parecem estimular um questionamento Ãntimo para a superação da depressão.
Os problemas da mente nunca são simples. Se por um lado, podemos associar a depressão a alguns fatores sociais, outros estudos apontam causas biológicas para o transtorno. Os medicamentos antidepressivos têm, como mecanismo, aumentar determinadas substâncias que estariam em déficit no cérebro da pessoa em depressão. Assim, o papel do remédio seria aumentar o que estaria diminuÃdo, a serotonina, por exemplo.
Uma linha de estudo em ascensão é justificar a depressão como “lesões†como consequência de estresse crônico que promove a liberação de substâncias no sistema sanguÃneo que induziriam a redução de centros especÃficos do cérebro, o que seria a causa principal do estresse. De todo modo, se por uma via ou outra, seja solidário com pessoas que tenham apresentado um comportamento diferenciado, que se apresentem mais tristes. Explicando a depressão pela biologia, ou por fatores sociais, todos precisam de um ombro amigo.
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