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Santos / Saúde

Cuidar dos cuidadores

O número de idosos no Brasil e no mundo está crescendo. Ao envelhecer, as pessoas demandam cuidados em níveis diferenciados. Enquanto alguns poucos idosos hígidos são capazes de manter as atividades diárias plenamente sob controle, a maioria apresenta níveis diferenciados de dependência. Perda da capacidade de mobilidade, de acuidade visual e auditiva, entre outras coisas, fazem com que os idosos necessitem de cuidados especiais.

Essa situação demanda o desenvolvimento da função do cuidador, seja ele profissional ou familiar, também denominado informal. Uma estimativa americana considera que, ao deixar o mercado de trabalho para cuidar de um idoso, esse contingente profissional deixa de produzir e de ganhar mais de US$ 520 bilhões. Por outro lado, no Brasil, muitas pessoas são empregadas e tem como única fonte de renda a condição de cuidador.

Estudo brasileiro mostra que 30% das pessoas com mais de 60 anos relatam dificuldades em realizar ao menos uma atividade diária, como alimentar-se, tomar banho, usar o banheiro, vestir-se, etc. E quando mais velha, maior a dificuldade. Além disso, idosos acometidos por problemas de saúde, como sequelas de AVC ou demência, como Alzheimer, demandam maior cuidado.

Mas essa atividade exige muita atenção e responsabilidade e as pessoas que a exercem, remunerada ou informalmente, estão sujeitas a alto nível de estresse. Afinal, nem sempre o idoso reage bem à perda da autonomia e pode manter atitude hostil. E do cuidador é exigido um estado de prontidão contínuo, pois o idoso pode apresentar uma situação aguda na condição da doença, ou mesmo uma queda. E também será necessário adaptar-se às novas realidades.

Para ser cuidador, é necessário conhecimento. Se antes as famílias eram mais numerosas e a convivência com idosos e o reconhecimento de suas necessidades se fazia de forma natural, atualmente é preciso aprender. São muitas as necessidades: administrar medicamentos, preparar alimentos mais adequados, garantir a higiene do idoso, lidar com o envelhecer e com morte.

Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da Unisantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.