O café e o chá mate (Ilex paraguariensis) são bebidas consumidas em várias partes do mundo, associadas ao sabor agradável e a momentos mais relaxantes. Elas contêm diversos componentes diferentes, mas a cafeína é a principal. Essa substância apresenta efeito estimulante sobre o sistema nervoso central, reduzindo a sensação de fadiga. A cafeína também mobiliza a gordura corporal para produção de energia, o que melhora a performance na atividade física. Com isso, muitos produtos no mercado contêm cafeína.
Além da cafeína, outras substâncias como a taurina também são usadas como “energético”. O uso dessas substâncias é comum em estudantes brasileiros. Alguns estudos mostram que cerca de metade delas já fizeram uso e que 15% utilizam mais de uma substância. Estudo mostra que 70% dos jovens canadense consomem esses estimulantes resultando no aumento no número de atendimentos de emergência devido ao consumo excessivo. A mesma preocupação aponta pesquisa com jovens britânicos. Esses países e mais os EUA estão considerando a possibilidade de restrição de venda e de consumo por jovens.
Ainda que controverso, o consumo diário de cafeína não deve ser superior à 400 miligramas ao dia. O tipo de grão e a forma de preparo do café dificulta em se limitar o número seguro de xícaras diárias que podem ser bebidas, porém, há de se lembrar que a cafeína também está presente nos refrigerantes do tipo “cola”, em quantidades não definidas.
Em quantidades adequadas, a cafeína não é um problema, mas seu efeito estimulante prejudica a qualidade do sono que traz consequências danosas para o organismo, como a obesidade. Além disso, a cafeína compromete a estabilidade da pressão arterial e das quantidades sanguíneas de gordura e de açúcar. A OMS sugere que as grávidas reduzam ao máximo o uso de cafeína por reduzir o peso do bebê e abreviar o tempo de gravidez.
Estima-se que, ao menos, 15% dos jovens façam associações de estimulantes, aumentando o risco de intoxicação. Além disso, os jovens supõem que ingerir um estimulante reduz o efeito do álcool, levando-os a beber mais. Não existe nenhuma evidência de que os estimulantes, seja cafeína ou taurina, reduza a perda de reflexo e de força muscular causada pelo consumo de álcool. Aumenta-se, assim, o risco de acidentes. O uso concomitante de estimulantes e álcool apenas reduz a percepção da embriagues.