Falar em ética nos dias de hoje pode parecer um contrassenso. Pelo contrário, é necessário que esse tema seja discutido na sociedade e, de certo modo, que retomemos valores mais universais, que façam a opção pelo interesse coletivo. Assim, os princípios éticos devem permear todas as nossas ações, incluindo-se, obviamente, nas da saúde. Isso deve envolver profissionais e cidadãos, porque a saúde tem de ser construída continuamente.
Pautar as ações profissionais por princípios éticos é uma obrigação legal de cada categoria. As profissões da área da saúde elaboram o seu código de ética profissional (Código Deontológico) que estabelecem as regras de relacionamento dos profissionais com a sociedade, com outros profissionais e entre si. De um modo geral, os profissionais da saúde devem limitar sua atuação nas bases da ciência; não podem prometer cura ou melhorias irreais, tanto de doenças simples ou complexas; e a saúde do cidadão tem de ser prioritária.
A ciência tem trazido muitas novidades para a área da saúde e alguns procedimentos podem ser questionáveis, dependendo dos valores pessoais ou coletivos. Temas candentes como aborto, eutanásia ou uso de células tronco remetem a discussão para uma condição de dilema. Em vista disso, uma nova ciência surgiu na década de 1970, chamada de bioética, denominada à época de “ciência da sobrevivência humana”.
A bioética foi criada com a intenção de unir o conhecimento biológico do ser humano com a sua humanidade e valores inerentes. De certo modo, os problemas ambientes são derivados de decisões no qual não se pensou na vida de todas as formas: humana, animal e ambiental. A degradação do trabalho e da existência humana devido aos conflitos armados, a devastação ambiental em busca do lucro fácil e o desrespeito animal são resultados da falta de princípio éticos. Mas temos de ser otimistas e utópicos. Desejamos e vamos ver um mundo melhor e mais saudável.
Por outro lado, o cidadão também tem de agir de forma ética. Desde de coisas simples como recolher da rua as fezes de seu cão, uma vez que podem ser transmissoras de doenças, quanto ações mais complexas, e não aparentemente ligadas à condição de saúde, como manter o seu veículo regulado para que não polua ou cause acidentes.
Se ainda tiver dúvidas, encaminhe sua dúvida para o Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) do curso de Farmácia da UniSantos. O contato pode ser pelo e-mail cim@unisantos.br ou por carta endereçada ao CIM, avenida Conselheiro Nébias, 300, 11015-002.