Da Redação
A CLIA Brasil (Associação Brasileira de Navios de Cruzeiros) e seus associados anunciaram hoje a decisão de prorrogar a suspensão das operações nos portos do Brasil até 4 de março. A decisão, de acordo com a entidade, visa dar continuidade ao criterioso trabalho e discussões com as autoridades nacionais, estaduais e municipais para a retomada dos cruzeiros.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 666, publicada em 20 de janeiro de 2022, é necessário que todos os estados e municÃpios que recebem os cruzeiros estejam alinhados com os requisitos que apoiam o retorno das operações e os procedimentos e exigências dos rÃgidos protocolos de segurança estabelecidos pela Anvisa. As operações de cruzeiros possuem caracterÃsticas técnicas especÃficas, que precisam ser trabalhadas com total uniformidade em todo o território nacional.
“A CLIA Brasil reforça que os cruzeiros são o único segmento que exige, antes do embarque para passageiros e tripulantes, nÃveis extremamente altos de vacinação e 100% de testes de cada pessoa. No Brasil, os protocolos exigem que todos os hóspedes estejam com o ciclo vacinal completo, apresentem testes negativos antes do embarque, testagem contÃnua a bordo, uso de máscaras, distanciamento social e menor ocupação dos navios, entre outros protocolos”, diz a entidade, em nota.
“Quando os casos são identificados como resultado da alta frequência dos testes a bordo, os protocolos dos navios de cruzeiro ajudam a maximizar a contenção com procedimentos de resposta rápida projetados para proteger todos os hóspedes e tripulantes, bem como as comunidades que os navios visitam. Além disso, os cruzeiros são o único setor que monitora, coleta e relata continuamente informações de casos diretamente aos órgãos governamentais”, segue o texto.
Alegações
De acordo com a representante das armadoras, de um total de aproximadamente 130 mil passageiros transportados, entre 5 de novembro e 3 de janeiro de 2022, cerca de 1.100 casos foram confirmados, o que representa menos de 1% do total das pessoas atendidas (incluindo hóspedes e tripulantes).
“Os membros da CLIA continuarão a trabalhar em conjunto com as autoridades, sempre guiados pela ciência e pelo princÃpio de colocar as pessoas em primeiro lugar, com medidas comprovadas, que são adaptadas conforme os cenários e que garantem a proteção da saúde dos passageiros,
tripulantes e das comunidades que recebem os cruzeiros”, explica a Clia.
Os cinco navios da temporada continuam fundeados no litoral de Santos, já preparados para a
retomada, com os protocolos totalmente implantados e mais de sete mil tripulantes brasileiros
e estrangeiros a bordo prontos para o trabalho.
Conta
Estima-se, conforme estudo da CLIA Brasil em parceria com a FGV, que cada navio gera em torno
de R$ 350 milhões de impacto para a economia brasileira. A cada 13 cruzeiristas, um emprego é
gerado.
A temporada atual, que começou em novembro de 2021, tinha previsão de movimentar mais de
360 mil turistas, com impacto de R$ 1,7 bilhão, além da geração de 24 mil empregos, envolvendo
uma cadeia extensa de setores da economia, entre eles comércio, alimentação, transportes,
hospedagem, serviços turÃsticos, agenciamento, receptivos e combustÃveis, entre muitos outros.
Protocolos vigentes no Brasil
• Vacinação completa obrigatória para hóspedes e tripulantes (elegÃveis dentro do Plano
Nacional de Imunização).
• Testagem pré-embarque (PCR até três dias antes ou AntÃgeno até um dia antes da
viagem).
• Testagem frequente de, no mÃnimo, 10% das pessoas embarcadas e tripulantes.
• Capacidade reduzida a bordo para facilitar o distanciamento social de 1,5m entre os
grupos e permitir a distribuição de cabines reservadas para isolar casos potenciais.
• Uso obrigatório de máscaras.
• Preenchimento de formulário de saúde pessoal (DSV – Declaração de Saúde do Viajante).
• Ar fresco sem recirculação, desinfecção e higienização constantes.
• Plano de contingência com corpo médico especialmente treinado e estrutura com
modernos recursos para atendimento dos hóspedes e tripulantes.
• Medidas de rastreabilidade e comunicação diária com a Anvisa, MunicÃpios e Estados