Por Alexandre Piqui
A queda do reboco do teto de uma das salas do 2° Distrito Policial de Santos, no sábado (27), fez o Sindicato dos Funcionários da Policia Civil (Sinpolsan) iniciar o procedimento para entrar com uma ação contra o Estado para solicitar a interdição do imóvel. A chuva de sexta-feira (26) causou infiltração o que pode ter agravado as condições estruturais.
Em entrevista ao portal Mais Santos, Márcio Pino, presidente do Sinpolsan, disse que foi até o local e constatou um cenário pior do que mostra a foto. “Lá chegando vimos um pedaço de reboco de aproximadamente 50 quilos. Isso se caÃsse na cabeça do policial que trabalha lá, como de alguma pessoa que estivesse sendo atendida certamente levaria a óbitoâ€, relata.
Segundo o sindicalista, para pedir a interdição do prédio é necessário que o juiz encaminhe uma perÃcia para que se produza à s provas. “Um perito policial, especialista nisso, vai poder dizer com mais propriedade o risco que tem naquele local e nas demais salas. Aà pediremos a interdiçãoâ€, explica Pino.
Resposta
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado esclarece que o 2° DP de Santos segue funcionando normalmente e o reparo está em andamento. Não houve feridos. A autoridade policial registrou os fatos e uma equipe do Instituto de CriminalÃstica periciou a unidade.
Outros casos
Outra questão envolvendo a falta de condições estruturais denunciadas pelo Sinpolsan é o prédio do Palácio da PolÃcia. O local fica na Avenida São Francisco, no Centro de Santos, e sedia o Departamento de PolÃcia Judiciária de São Paulo (Deinter-6) e várias delegacias especializadas.
Recentemente o Juiz da 1ª Vara da Fazenda deu prazo para a Secretaria de Segurança Pública estadual se posicionar sobre quais medidas já tomou para o cumprimento da liminar de interdição do imóvel.
“O prazo para manifestação do Estado ainda não expirou. Porém, a gente sabe que nenhuma das exigências feitas pela justiça foram cumpridas. A gente acredita que a justiça possa ser mais dura e enérgica para o Estado regularizar o Palácio da PolÃciaâ€, comenta o sindicalista.
Márcio Pino complementa. “Tudo isso é falta de investimentos e manutenções que devem ser feitas pelo Estado. Nesses locais não ficam só os policiais, e sim, a população que necessita de atendimentoâ€.
Sobre este assunto, não tivemos resposta da Secretaria de Segurança Pública.
Fotos: Reprodução