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Santos / Polícia

Famoso neurocirurgião santista é investigado por estuprar pacientes e armazenar pornografia infantil

O médico possuía vídeos e fotos das pacientes desacordadas. O neurocirurgião nega as acusações. 

 

Foto: Reprodução 

Por Vinícius Farias 

Um médico neurocirurgião de Santos está sendo investigado por estuprar pacientes desacordadas e armazenar pornografia infantil. A defesa de João Luís Cabral Junior, de 51 anos, nega as acusações. O médico chegou a ser preso, mas foi liberado. 

De acordo com o Boletim de Ocorrência, em 26 de setembro, policiais civis cumpriram um mandado de busca e apreensão no apartamento do médico, que fica na Avenida dos Bancários, na Ponta da Praia, em Santos.

Assim que chegaram lá, o homem atendeu os agentes, se apresentando como um conceituado médico da região. Cabral atuava com um consultório próprio e coordenava a clínica do Hospital Associação Policial de Assistência à Saúde da Baixada Santista (Apas), em Santos.

Questionado sobre o armazenamento de pornografia infantil, o suspeito negou. Notebooks, computador, o HD externo e o celular do médico foram apreendidos. 

 Durante uma varredura nos aparelhos, foram encontrados arquivos com cenas de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade sexual. Inclusive, haviam vídeos feitos pelo próprio médico, confirmando as acusações. Também foram achados vídeos de pacientes desacordados e que tiveram as partes íntimas filmadas.

Em um dos arquivos, Cabral tira fotos das partes íntimas de uma paciente visivelmente sedada e deitada em uma maca. Havia ainda imagens feitas pelo suspeito de uma jovem dormindo com camisola e calcinha em um quarto de hospital.

Uma das cenas registra um momento que se caracteriza como estupro de vulnerável: o médico afasta a roupa íntima de uma mulher e introduz o dedo nas partes íntimas dela.

Em nota, o advogado do médico, Eugênio Malavasi, diz que o neurocirurgião é inocente e que provará o alegado no momento processual oportuno.

A Secretaria de Segurança Pública  (SSP) informou que o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia Seccional de Taboão da Serra.