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Santos / Meio Ambiente

Visita inusitada! Cobra jararaca é encontrada “dando um rolê” na praia de Santos

A cobra venenosa foi vista por um surfista, que acionou os guarda-vidas que, com o auxílio da Guarda Civil Municipal, recolheram o animal. Ninguém ficou ferido. 

 

Foto: Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMAR)

Da redação 

Uma cobra jararaca (Bothrops jararaca) foi resgatada na Praia da Pompéia, no Canal 2, em Santos. A cobra venenosa foi vista por um surfista, que acionou os guarda-vidas que, com o auxílio da Guarda Civil Municipal, recolheram o animal. Ninguém ficou ferido. 

Segundo a Prefeitura de Santos, o animal foi encaminhado ao Orquidário Municipal, onde após análise, foi solto numa região de mata mais afastada, no habitat natural.

Jararaca

Foto: Grupamento de Bombeiros Marítimos (GBMAR)

Conforme o Instituto Butantan, a jararaca é venenosa e uma das serpentes mais comuns do sudeste do Brasil.

Ela pode ser encontrada da Bahia até o Rio Grande do Sul, associada à Mata Atlântica, e eventualmente em algumas regiões do Paraguai e da Argentina que fazem fronteira com o Brasil.

“As fêmeas da espécie são maiores que os machos: elas alcançam cerca de 1,5 metro de comprimento, ao passo que podem chegar a até 1 metro em média. A reprodução é vivípara, ou seja, ela desenvolve os embriões no útero e os filhotes já nascem “prontos”, inclusive com veneno. Uma característica típica dessa serpente é o seu policromatismo: isso significa que seu padrão de cores varia de cobra para cobra, com tons marrons escuros ou claros, verdes, acinzentados ou amarelos. Além disso, ela possui desenhos em forma de ferradura na lateral do corpo com diferentes cores, geralmente mais escuros que o restante do corpo”, comenta Butantan. 

Os alimentos preferidos da jararaca são pequenos mamíferos, mas quando jovem ela costuma comer anfíbios, lagartos e lacraias.

“Os principais sintomas da picada de uma jararaca adulta em humanos são dor e inchaço local, às vezes com manchas arroxeadas e sangramento no ferimento. Também podem ocorrer sangramentos em mucosas, como nas gengivas e nariz. As complicações podem provocar infecção e necrose na região da picada e insuficiência renal aguda. De acordo com o Ministério da Saúde, o grupo das jararacas é o maior causador de acidentes com cobras no país, o que representa 69,3% das picadas registradas no Brasil em 2022, e é responsável por mais de 72% dos casos no estado de São Paulo, de acordo com informações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)”, finaliza o instituto.