Foram necessários 71 caminhões carregados com pedras para cobrir o primeiro bag do projeto piloto da Ponta da Praia. Esta é a única parte da barreira que em horários de maré muito baixa ficaria emersa, por isso está sendo protegida pelas pedras. O restante da estrutura, que terá formato de “L” e servirá para minimizar o processo erosivo e diminuir a força das ondas, ficará submerso.
A barreira será formada por 49 grandes sacos preenchidos com areia e terá mais de 500 metros. Embaixo deles ficarão os tapetes que têm na lateral minibags costurados. Até o momento, já foram instalados quatro bags (três já estão com areia) e seis tapetes. O primeiro bag, que fica junto da mureta da orla, na altura da Rua Afonso Celso de Paula Lima já está praticamente todo coberto por pedras.
O projeto piloto da Ponta da Praia é embasado em nota técnica desenvolvida pelos professores Tiago Zenker Gireli e PatrÃcia Dalsoglio Garcia, da Unicamp. Nesta quinta-feira (1º) eles estiveram em Santos e acompanharam parte dos trabalhos.
Segundo Tiago Zenker, o principal objetivo do projeto é recuperar a praia, que é a melhor proteção para a área urbana. Entre 2013 e 2016, a Ponta da Praia perdeu quase 80 mil metros cúbicos de areia. “Isso que está sendo construÃdo é uma armadilha para a areia”, o que resultará no “engordamento” natural da praia.
Somado com o “engordamento” mecânico que a Prefeitura já faz levando areia do canal 2 para a Ponta da Praia, PatrÃcia Dalsoglio acredita que, passado um ano da implantação do projeto piloto, já será possÃvel observar a evolução.
A obra servirá para ampliar a base de dados e propor solução definitiva para conter o acentuado processo erosivo daquele trecho da orla.