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Santos / Festas Populares

Apuração do desfile das escolas de samba de Santos acontece nesta terça-feira; confira um resumo dos desfiles

Apuração do desfile das escolas de samba de Santos acontece nesta terça-feira; confira um resumo dos desfiles. Os desfiles aconteceram na última sexta-feira (2) e sábado (3). A última campeã do carnaval santista foi a Unidos dos Morros.

Foto: Prefeitura de Santos

Fotos: Vinícius Farias / Mais Santos

Da redação

A apuração do desfile das escolas de samba do Santos Carnaval 2024 acontece nesta terça-feira (6), às 12h, no Teatro Municipal Brás Cubas. O evento aconteceu na última sexta-feira (2) e sábado (3).

A última campeã do carnaval santista foi a Unidos dos Morros, com  179,9 pontos, trazendo o samba-enredo em homenagem ao empresário Armênio Mendes.

Confira quem desfilou

Sexta-feira (2) – Grupo de Acesso: 

Padre Paulo

Foto: Prefeitura de Santos

Abrindo a passarela, a Padre Paulo prestou homenagem ao maracatu, manifestação cultural de Pernambuco, combinando tradições africanas, portuguesas e indígenas, até seu histórico de resistência ao representar as lutas do povo e sua grandiosidade cultural, religiosa e ancestral.

Bandeirantes do Saboó

Foto: Prefeitura de Santos

Com o enredo ‘Uma Doce Magia’, a Bandeirantes do Saboó trouxe uma história sobre o mundo da confeitaria. A agremiação levou  700 integrantes divididos em dez alas.

Vila Mathias

Foto: Prefeitura de Santos

Na sequência, a Vila Mathias entrou em cena, com um tributo à Faculdade do Samba, como é conhecida a Barroca Zona Sul, agremiação da Capital com origem na Vila Mariana. A escola trouxe 600 componentes em 14 alas.

Grupo Especial 

Unidos da Zona Noroeste

Foto: Prefeitura de Santos

Abrindo o Grupo Especial, a atual campeã do Grupo de Acesso, a Unidos da Zona Noroeste, que trouxe  um tributo à classe dos caminhoneiros. A ideia era valorizar a luta diária desses trabalhadores pelas estradas Brasil afora e seu fundamental papel para o desenvolvimento do País. Os desafios diários, a devoção ao padroeiro São Cristóvão, o anseio de reencontrar a família e dar a ela uma condição melhor. O número de alas foi 14.

União Imperial

Foto: Prefeitura de Santos

A União Imperial veio logo depois, com uma homenagem à resistência negra em Santos. A escola, que busca de seu 11º título, teve 1.400 componentes divididos em 14 alas.

X-9

Foto: Prefeitura de Santos

Nem tudo foi perfeito. A maior vencedora de títulos da Cidade, a agremiação X-9 entrou na sequência, com  13 minutos de atraso, por conta do eixo do carro acoplado ao abre-alas, que quebrou e não fez parte do desfile. No entanto, a agremiação do Macuco entrou com determinação.

Com o enredo ‘Meu Nome É Favela’,  a X-9 levou para a avenida um pedaço do Brasil que nem todos conseguem enxergar, abordando a resistência dessas comunidades à indiferença e à desigualdade, mas exaltando sua garra e a beleza de um mosaico de cores, culturas, talentos e diversidade em busca de seu espaço no asfalto.

A escola contou com 2 mil componentes e três carros alegóricos, divididos em 16 alas.

Real Mocidade

Foto: Prefeitura de Santos

Para finalizar a primeira noite, a Real Mocidade. Com o enredo ‘Oxente, Real Mocidade, Santista! Elba, a sua história faz história. Ai que saudade d’ocê!’, a agremiação homenageou uma das grandes artistas da música brasileira: Elba Ramalho, com  grandes sucessos que marcam seus mais de 50 anos de carreira. Foram 1.200 componentes divididos em 13 alas além de três carros alegóricos.

Sábado (3) – Grupo de Acesso: 

Imperatriz Alvinegra 

Foto: Prefeitura de Santos

Quem abriu a passarela do samba no sábado (3) foi a Imperatriz Alvinegra, que prestou um tributo à coirmã, X-9, que completa 80 anos em 2024, com o enredo ‘Uma epopeia gloriosa – X9 a Pioneira’. A comissão de frente, vestida com a camiseta da X-9, veio com um empolgante balé. A agremiação de São Vicente trouxe a malandragem para a pista, o pavilhão da X-9 e o São Jorge matando o dragão.

Império da Vila 

Foto: Prefeitura de Santos

Na sequência, quem dominou a passarela foi a Império da Vila, que com  700 componentes, divididos em 11 alas, levaram para o sambódromo a história dos nordestinos que migraram para Cubatão, na década de 70, com o tema “Os imigrantes no ‘Vale da Vida’, Cubatão uma nova história”

Dragões da Castelo 

Foto: Prefeitura de Santos

Em seguida, a Dragões da Castelo deu as caras. A agremiação levou à passarela 11 alas, com 700 integrantes. A escola apresentou o enredo ‘O Maioral do Samba – Daniel Feijoada’, contando a história de um dos sambistas mais celebrados da Cidade, o saudoso Daniel Dias do Nascimento, mais conhecido como Daniel Feijoada. O enredo “Oi zum, zum, zum a poeira vai subir / Deixa o samba te levar” movimentou arquibancadas.

Daniel foi um estivador e, no mundo do samba, foi baliza, passista, batuqueiro, porta-estandarte, compositor e partideiro, começando na extinta Novo Horizonte e depois consagrando-se na ‘Campeoníssima’ Brasil. Passagens referentes a sua vida foram retratadas em um painel, durante o desfile.

Grupo Especial 

Mocidade Independência

Foto: Prefeitura de Santos

Iniciando o Grupo Especial do segundo dia de desfiles, a Mocidade Independência encantou o público ao representar a riqueza das manifestações culturais nordestinas com o enredo ‘Festança no Mangangá – Em uma noite de folia, é o forró que contagia!’.

Direto do Jardim Casqueiro, em Cubatão, a escola chegou trouxe 1.500 componentes para convocar todos os nordestinos presentes na arquibancada a cantar o samba-enredo inspirado por uma de suas canções mais marcantes: ‘Feira de Mangaio’, de Sivuca e Glorinha Gadelha, eternizada na voz de Clara Nunes.

Em meio à folia, ‘cangaceiros’ e componentes vestidas de baianas – remetendo ao clássico traje com turbantes e saias – deram um toque a mais à apresentação com carisma e um gingado único, acompanhando carros alegóricos que faziam referência à cultura regional.

Unidos dos Morros 

Foto: Prefeitura de Santos

A atual campeã do Carnaval de Santos trouxe uma atração de outro planeta. Uma invasão alienígena foi avistada na passarela na madrugada deste domingo (4). A escolas apresentou seres verdes de um planeta desconhecido. Ao fundo, já se via uma serpente cuspindo fumaça cinza. Essa era a base do enredo “Lá em Peruíbe, reza a lenda que..”, em referência à cidade do Litoral Sul.

A agremiação se apresentou com 1.100 componentes, divididos em 12 alas e três alegorias. Um dos destaques foi a ala que remeteu à lama negra, conhecida por seus poderes medicinais. Também não faltaram referências às tradições da cultura indígena e às ruínas que se revelam em meio às belas paisagens.

Mocidade Amazonense 

Fotos: Vinícius Farias / Mais Santos

“Quando olhei a terra ardendo / Qual fogueira de São João / Eu perguntei a Deus do céu, ai / Por que tamanha judiação?”. A letra do baião de Luiz Gonzaga deu início à festa da Mocidade Amazonense, que contou uma versão do casamento entre Maria Bonita e Lampião na passarela.

Com o enredo ‘Um dia pra lá de arretado’, a representante de Guarujá trouxe um pouco do Nordeste ao público que admirava com euforia o desfile.

Em busca do terceiro título na categoria ‘especial’, a agremiação reuniu ‘cangaceiros’ na comissão de frente, que apresentaram uma coreografia sincronizada e cheia de energia, acompanhados também de outros personagens marcantes da cultura, como Padre Cícero e Mestre Vitalino.

Sangue Jovem

Fotos: Vinícius Farias / Mais Santos

A Sangue Jovem entrou com o enredo ‘A esperança na fé que move montanhas… A Sangue Jovem vai na fé!’, abordando a crença como um símbolo da verdade, da confiança e da devoção.

Propondo um “samba em oração”, e com uma imagem de Cristo abençoando a escola e o público, a escola explorou o tema em suas diversas manifestações e buscou mobilizar seus componentes – um time de 1.200 devotos, dividido em 15 alas em três carros alegóricos – para ‘mover montanhas, superar o impossível e realizar a missão de triunfar na avenida.

Brasil 

Fotos: Vinícius Farias / Mais Santos

Coube a Brasil encerrar os desfiles do Santos Carnaval 2024, que reuniu dez mil pessoas em cada dia. A escola permitiu levar o público a uma viagem a várias partes do mundo enquanto apresentava o enredo ‘A Brasil traz os grandes impérios, nas garras do tigre paulistano’.

A agremiação contou sobre os impérios que marcaram a história da humanidade e ampliou sua narrativa para o mundo do Carnaval, homenageando também uma das grandes escolas paulistanas: a Império da Casa Verde.

O primeiro desembarque foi no Egito, com tom dourado em pirâmides e figurinos de faraós encantando o olhar da arquibancada; a China foi marcada por componentes usando o tradicional chapéu chamado de ‘kasa’; a caravela portuguesa partiu junto à marcha de persas, czares e os imponentes pilares gregos, que fecharam o desfile ao som da letra de afirmação “nossas bandeiras unidas em um só coração”.

Fotos: Vinícius Farias / Mais Santos