Dirigentes do Santos entendem que a reviravolta no caso do jogador, que foi para o Palmeiras, reforça a defesa do clube na batalha com o lateral Zeca, que também rompeu contrato na Justiça do Trabalho. Os dois atletas são empresariados pela mesma agência.
Entre os santistas se entende que o caso de Scarpa, que teve liminar revogada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) do Rio em decisão apertada (5 a 4) é muito mais complexo do que o de Zeca, que alega atrasos no recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
No fim de dezembro, após tentar, sem sucesso, rescindir contrato nas primeiras instâncias da Justiça do Trabalho, Zeca conseguiu um habeas corpus no TST (Tribunal Superior do Trabalho). A decisão, porém, não analisa o mérito da disputa – os atrasos no FGTS, negados pelo Santos –, mas leva em consideração a liberdade de o atleta escolher onde atuar.
Há tanta confiança na Vila Belmiro de que essa quebra será revertida que os dirigentes não pretendem aceitar qualquer proposta de acordo. Nessa semana, após o Corinthians quase acertar com Zeca e recuar por temer o resultado do imbróglio judicial, os agentes do lateral iniciaram uma aproximação com o presidente José Carlos Peres. Há uma audiência marcada para abril no Fórum do Trabalho de Santos.
O Corinthians quase fechou com Zeca com a promessa dos agentes do atleta de que se responsabilizariam pelo pagamento de uma indenização ao Santos em caso de derrota nos tribunais.
Há um entendimento, porém, de que uma cláusula assim se tornaria inválida diante do regulamento da Fifa, que prevê que o clube contratante, em situações como essa, é solidário ao jogador no pagamento de dÃvidas.
Antes do Corinthians, o Flamengo também analisou a contratação de Zeca, mas barrou o negócio pelos mesmo temor jurÃdico.
Fonte: Globo Esporte