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Santos / Esporte

Copa São Paulo de Futebol Júnior cumpre sua missão

O início da temporada do futebol brasileiro nas últimas décadas vem sendo marcado por garotos de todas as regiões do País correndo atrás da bola, literalmente, e tentando transformar seus sonhos em realidade. Este cenário faz parte da Copa São Paulo de Futebol Júnior, tradicional competição que chega em 2017 a sua 48ª edição. A disputa deste ano bateu recorde de clubes participantes e reuniu incríveis 120 equipes. No total, são mais de 2.500 atletas. Apesar de inchada por conta de interesses políticos ligados ao esporte, trocas de favor e repleta de agremiações que servem aos empresários da bola, a ‘Copinha’, como é carinhosamente conhecida pelos torcedores, cumpre sua verdadeira missão: revelar jovens talentos.

Escrevo este texto já sabendo que a final do dia 25, aniversário da cidade de São Paulo, será entre Corinthians e Batatais. Infelizmente o Paulista, melhor defesa de 2017, conquistou o direito de disputar a decisão no campo, mas ficou de fora por conta de um jogador com documento adulterado. Lembrando que a Copa São Paulo tem limite de idade. A deste ano, por exemplo, só pode ser jogada por atletas nascidos entre 1997 e 2001.

Algumas equipes favoritas ficaram pelo meio do caminho, entre elas, São Paulo e Santos. Dois candidatos ao título se enfrentaram nas quartas de finais, Corinthians e Flamengo, reedição da decisão do ano passado vencida pelos cariocas nos pênaltis.  Disparado, o clube do Parque São Jorge é o melhor da competição. Independente do resultado da finalíssima, a Fiel Torcida já tem o que comemorar. O ‘Timãozinho’, dirigido pelo competente Osmar Loss apresentou jovens promessas que devem ser observadas com carinho. O setor ofensivo é o grande destaque. Pedrinho, Carlinhos, Marquinhos e Fabrício Oya são jóias e, se tudo der certo, terão caminho de glórias daqui alguns anos.

Outros nomes também despontam para o cenário nacional e internacional. É o caso do atacante do Flamengo, Vinícius Júnior. Aos 16 anos, sua habilidade e velocidade já chamam a atenção do gigante Barcelona. Mas torço para que ele e as demais revelações da Copinha desse ano joguem e encantem por muito tempo os torcedores brasileiros pelos gramados de nosso País. Só então busquem uma transferência para o futebol europeu ou os dólares da China, mercado emergente. Alguns dirão que isso, no atual momento do futebol brasileiro, é uma mera utopia…

A Copa São Paulo ainda tem um outro lado importante que transcende a questão esportiva de revelar novos jogadores. Imaginem a experiência de vida que garotos do Amazonas, Acre, Tocantins e outras regiões afastadas levam após participarem deste evento. Independente de se tornarem jogadores profissionais, algo que ficará para sempre. Quantas histórias incríveis e destinos foram mudados ao longo dessas 48 edições!

Para os críticos do formato e inchaço da Copa São Paulo, recordo o nome do último jogador de peso brasileiro que passou pelo crivo da maior competição de categoria de base do Brasil, ninguém mais, ninguém menos que Neymar. Em 2015, Gabriel Jesus também disputou o torneio. Por essas e outras que sou um defensor dessa disputa.

Vida longa para a querida Copinha!

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