Por conta da campanha salarial, os servidores de Santos que trabalham no prédio da Rua Dom Pedro II, 25 (Centro) decidiram que na quinta-feira (22) irão paralisar as atividades no período da manhã, só entrando para trabalhar de tarde.
No prédio funciona a Sala do Empreendedor Santista e os departamentos de Administração Tributária (DEATRI), de Fiscalização das Receitas (DEFREC) e de Gestão da Tecnologia de Informação e Comunicações (DETIC).
A Prefeitura de Santos se manifestou ontem dizendo que respeita a decisão e informa que as negociações seguem em andamento e evoluindo.
Uma hora
Na última assembleia, a categoria decidiu que o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) deveria organizar paralisações por local de trabalho de uma hora ou mais (dependendo da vontade dos trabalhadores).
O Sindicato compareceu ontem de manhã no local (prédio ao lado da Prefeitura na Pça Mauá) e reuniu os trabalhadores que tomaram a decisão. Outra medida que será adotada no dia é o diálogo com quem tiver passando no local para explicar os motivos do ato.
“Estamos com apenas 45,94% de despesa com pessoal, é o índice mais baixo da história da Cidade. Fora que a arrecadação do município aumenta todo ano acima da inflação. Dá sim pra melhorar essa proposta do governo”, disse Gualberto Júnior, diretor do Sindserv.
O Sindserv está pedindo 7,95% – a inflação oficial (2,95%) mais 5% de perdas. Também quer a correção do valor do auxílio alimentação para R$ 26,00 ao dia, totalizando R$ 572,00 por mês e a extensão do benefício ao segundo registro dos servidores com dois registros funcionais. O outro sindicato que representa a categoria é o dos Servidores Municipais Estatutários de Santos (Sindest), que luta por de 3% em fevereiro e 2% em julho, além de 100% na cesta e na alimentação.
Oferece
A Prefeitura de Santos oferece 2% de reajuste na data-base de fevereiro (data já vencida) e mais 1% em agosto. Os 3% também envolveriam a cesta-básica de R$ 263,00 e o auxílio-alimentação de R$ 422,00. Desde a semana passada a Administração ensaia enviar o projeto de lei que abriga a proposta. Segundo apurado pelo Diário do Litoral, a maioria dos vereadores não está tendendo a aprová-la, por acreditar que a proposta, no mínimo, deve superar a inflação.
Fonte: Diário do Litoral