Na noite de ontem (25), o Ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) anunciou, após 7 horas de reunião com os representantes dos caminhoneiros, um acordo para a suspensão da greve por 15 dias.
Nove das 11 entidades que participaram aceitaram a proposta do Estado, que propõe prazo de 30 dias para reajustes no preço do diesel, uma das principais reivindicações dos caminhoneiros.
Ainda assim, na manhã de hoje (25), a greve continua em pelo menos 22 estados. Os postos continuam sem combustíveis, faltam produtos nos supermercados (que estipularam até limite de compra por produto), remédios nas farmácias e vacinas nos postos de saúde.
Em Santos, a grande maioria dos postos está zerada. O Porto tem suas entradas bloqueadas e a prefeitura anunciou na noite de ontem que apenas 70% da frota de ônibus estará nas ruas.
A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) informou que veículos rodoviários de carga não entram nas instalações do Porto de Santos, o maior do Brasil, desde segunda-feira (21). Paralelo a isso, o estivadores anunciaram que devem aderir ao movimento nos próximos dias.
Apesar disso, as operações de atracação e desatracação de navios estão sendo realizadas normalmente. O embarque e a descarga de mercadorias têm acontecido. Os terminais estão operando com produtos que já estavam armazenados ou que não chegam por veículos rodoviários, que utilizem ferrovias ou dutovias.
Na última quarta-feira (23), já foi iniciado o racionamento de combustível nos terminais. A intervenção de força policial também foi solicitada, visto que falta espaço para as cargas que estão sendo desembarcadas.
A ABFN (Associação Brasileira de Fornecedores de Navios) alertou, nessa quinta-feira (24), para a falta de alimentos para as tripulações dos navios cargueiros. Sete navios já deixaram o porto, nos últimos dias, sem o consumo de bordo.
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