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Santos / Cotidiano

Santos inicia instalação de coletores de bituca em diversos pontos da orla

 
Pelo menos 24 coletores de bitucas de cigarro estão sendo instalados em diversos pontos da orla da praia, começando pelo Quebra-Mar. O objetivo é garantir o descarte correto dos restos de cigarro e transformá-los em matéria-prima para a produção de papel.
De acordo com o secretário do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Semam), Márcio Paulo, a ideia do projeto e a escolha de concentrar os coletores na orla surgiram por conta da grande quantidade de bitucas recolhidas nos mutirões voluntários de limpeza nas praias da Cidade.
Foram definidos 22 pontos de fixação do equipamento na orla da praia, um na Lagoa da Saudade (Nova Cintra), um em frente à Câmara Municipal (Vila Nova) e outro em frente ao Palácio José Bonifácio (Centro Histórico). Na Orla, os coletores ficarão próximos à faixa de areia e quiosques.
“É um equipamento educacional a fim de alertar a população sobre a necessidade de recolher este material que, se deixado no meio ambiente, vai parar no mar e causar danos à fauna marinha. Por isso, é tão importante que esse recolhimento ocorra – para que não haja a contaminação dos animais por um produto altamente cancerígeno”, explica o titular da Semam.

RECICLAGEM

Inicialmente, o recolhimento dos materiais acumulados nos coletores, pela empresa responsável (Poiato Recicla), ocorrerá com uma frequência maior, até ser definida a periodicidade adequada à demanda da Cidade.
Após o recolhimento do material acumulado e a higienização dos equipamentos, as bitucas de cigarro passam por processos físicos e químicos, na sede da empresa, para a retirada do odor e da toxicidade.
No final, todo o material é transformado em uma massa de celulose, que poderá ser utilizada em confecções artesanais como produção de papel, esculturas, entre outros objetos. Toda a matéria-prima que for produzida será destinada a projetos educacionais e criativos desenvolvidos por instituições ligadas à Prefeitura de Santos.
Foram investidos cerca de R$ 30 mil no projeto, provenientes de uma emenda parlamentar do vereador Fabrício Cardoso.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, há estudos para expandir o projeto e contemplar outras áreas da Cidade. A iniciativa é desenvolvida pela Semam, Instituto Lixo Zero Baixada Santista em parceria com a empresa Poiato Recicla.
Fotos: Francisco Arrais/PMS