Da Redação
Doze homens do regime semiaberto do Centro de Progressão Penitenciária (CPP), de São Vicente, começaram a escrever um novo capÃtulo de suas vidas em Santos. Foram iniciadas, na manhã desta segunda-feira (27), as atividades do projeto Reeducandos, convênio da Prefeitura com a Fundação de Amparo ao Preso (Funap), que empregará 260 apenados, durante um ano, em serviços de zeladoria por toda a Cidade. As ações fazem parte do programa municipal ‘Santos Mais Bonita’.
O pontapé inicial das atividades ocorreu na Praça Nossa Senhora da Aparecida, em frente à Paróquia, onde começaram serviços de capinação, jardinagem e limpeza.
Pelos trabalhos, os reeducandos contratados recebem ¾ de um salário mÃnimo por mês, vale transporte, vale refeição, uniforme e treinamento para desempenhar as funções.
As atividades dos 260 reeducandos serão divididas entre turmas no Centro, Morros e zonas Leste e Noroeste. A jornada de trabalho será de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com intervalo de uma hora para refeição e descanso. A cada três dias de trabalho, os presos conseguem remir um dia de pena, de acordo com a Lei de Execuções Penais (LEP).
Igualdade social
Em bate-papo com os reeducandos nas dependências da Paróquia, o prefeito Rogério Santos falou sobre a importância do projeto.
“Muitos de vocês cometeram pequenos delitos por conta da desigualdade social e da falta de oportunidades. Esse convênio traz a chance de um recomeço. Agora somos um time e jogamos juntos. Mais do que a remuneração e a qualificação, Santos irá abraçar todos vocês. Contem conosco”, afirmou o chefe do Executivo.
O convênio foi firmado entre a Secretaria de Serviços Públicos de Santos (Seserp) e o Centro de Progressão Penitenciária de São Vicente. Os reeducandos são selecionados após avaliação do comportamento e o desempenho em serviços realizados na própria unidade prisional. Nas ruas, são monitorados por tornozeleiras eletrônicas e acompanhados por funcionários da Prefeitura.
Nova chance
Entre os reeducandos estava Rodrigo Jonas Tavares, 46 anos, natural de Osasco, contente por iniciar uma nova etapa de vida.
“Esse projeto é excelente, pois aumenta demais a nossa autoestima. Todos aqui estão muito felizes simplesmente pelo fato de poderem ver a rua, poderem trabalhar. Espero que o projeto se torne cada vez maior”, ressaltou ele, que deve ter sua pena de cinco anos encerrada em 2024.
Foto: Francisco Arrais/Divulgação PMS