Por Juliana Moraes
Fotos: Isabella Graça
Aos 20 anos, a santista Priscilla Freitas é uma das alunas do curso de medicina da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes). A caminho do quarto ano da faculdade, Priscilla passou por uma dificuldade comum ao sair do ensino médio: qual curso fazer? Amante das artes e já matriculada no curso de jornalismo, ela decidiu se arriscar, de repente, no vestibular de medicina. Para sua surpresa, passou de primeira.
Mesmo com a dúvida de abandonar o jornalismo sem mesmo começar o curso, optou por medicina por gostar de ajudar o próximo. Hoje, ela sabe que essa foi a escolha certa, mesmo ainda tendo algumas dúvidas sobre qual especialidade seguir no futuro.
Em um rápido e descontraÃdo bate-papo com a equipe da Revista Mais Santos, Priscilla contou um pouco como foi escolher entre dois cursos totalmente diferentes, a trajetória na faculdade, o que mais gosta de fazer no tempo livre, planos para o futuro e mais!
Como foi a sua trajetória até chegar na faculdade? Sempre soube que queria ser médica?
Mais ou menos. Antes de entrar na faculdade eu tinha uma carreira artÃstica, então eu trabalhava na televisão, na música, gostava de fazer shows, me apresentar, era uma outra vida. Enquanto eu estava no ensino médio, era uma coisa que eu gostava de fazer. Eu sonhava em ser uma grande estrela, mas essa parte artÃstica me colocou em contato com vários projetos beneficentes, então acabou despertando em mim esse lado de querer ajudar o outro e começar a pensar no outro. Então quando eu cheguei no terceiro ano do ensino médio, eu estava decidida a fazer jornalismo, que era uma coisa que eu gostava muito por causa da televisão, mas eu ainda tinha aquele lado pensativo voltado para medicina, de que não seria uma má opção. Eu já estava matriculada no jornalismo, mas decidi fazer o vestibular [de medicina] mais por dar uma chance ao curso. Quando passei no vestibular e entrei na faculdade, fui me apaixonando por tudo que eu vi lá e que realmente meu caminho era a medicina. Eu gosto bastante das artes, mas medicina agora virou meu dia a dia e eu amo.
Em que área você quer se especializar?
Eu acho que a medicina é apaixonante em tantas áreas, que cada vez que eu conheço mais uma área na faculdade eu fico em dúvida, tanto é que já mudei bastante de ideia, ainda não tenho uma certeza absoluta, mas tem algumas áreas que eu gosto bastante. Esse ano eu comecei a pensar bastante em fazer pediatria. Eu tenho um irmãozinho que vai fazer quatro anos então eu acho que acaba me aproximando das crianças, então é uma boa possibilidade. Eu também gosto muito de dermatologia ou cardiologia, que eu sempre achei interessante.
Como foi o processo no perÃodo de provas do vestibular? Ficou muito nervosa?
Na verdade, eu sempre fui bastante estudiosa, desde a escola até agora na faculdade. Eu não cheguei a fazer cursinho, eu passei direto do terceiro e eu acho que o vestibular foi mais tranquilo para mim porque eu fui sem aquela expectativa, até porque eu já estava matriculada no jornalismo, então pra mim foi bem tranquilo. Quando eu passei foi uma surpresa muito grande, eu não acreditei, a ficha só caiu quando eu fiz a matrÃcula.
Sua famÃlia te apoiou desde o inÃcio com a troca do jornalismo para a medicina?
Foi bem repentino, nada planejado. Mas eles aceitaram muito bem, sempre me apoiaram em tudo que eu quisesse fazer, independentemente do que fosse, e hoje eles também estão super contentes. A gente já sonha como é que vai ser daqui três anos quando eu me formar, então eu sempre tive muito apoio.
Como você enxerga o mercado da medicina em Santos?
Pelo contato que eu tenho com os profissionais da saúde e na faculdade, e até os projetos fora da faculdade, também, eu vejo que existe muito empenho no que fazem. Uma coisa que eu acho que a minha faculdade sempre está batendo na tecla é na humanização da medicina, de não tratar a doença, mas tratar o paciente por completo, o que é muito importante. Muitos professores fora do horário de aula vão ajudar a gente nas ligas, nos projetos, em mutirão, então eu vejo como um mercado excelente.
Você já fez algum trabalho voluntário na faculdade? Como foi?
Na faculdade a gente tem vários projetos de extensão, fora do horário de aula. Nesses projetos fora da sala de aula os principais são as ligas. Eu participo da liga de mastologia, medicina legal e de neurologia. Fora isso, a gente faz vários trabalhos beneficentes também.
Qual o conselho que você pode dar para quem está pensando em cursar medicina?
Nunca deixe de acreditar em você e corra atrás dos seus sonhos. Se você gosta de medicina, vá atrás, porque é uma carreira maravilhosa. Os sonhos que eu vim tendo ao longo da faculdade são no sentido de cada vez melhorar mais, porque a gente acaba conhecendo tantas pessoas que têm o mesmo objetivo em ajudar o outro que acaba despertando um sentimento muito bom de união, não só com os colegas de turma, mas também com a comunidade.
Quais são seus planos para o futuro?
Bom, após terminar a faculdade quero fazer residência. Eu já penso onde eu quero fazer, e só falta decidir em que área. Acho que agora eu estou mais focada em fazer trabalhos cientÃficos, que é uma coisa que eu gosto bastante, que inclusive, nesse semestre, nós apresentamos um trabalho cientÃfico no congresso da faculdade, e lá tem uma premiação e meu trabalho foi escolhido como vencedor, ficou em primeiro lugar, o que foi uma grande conquista pra mim. Então meus projetos são continuar com esses trabalhos, manter as boas notas e conhecer um pouco mais as áreas que eu me interesso para decidir qual eu quero seguir no futuro.
Como é a Priscilla no dia a dia?
Focada. Até porque a medicina exige bastante da gente, então eu estou sempre estudando.
Como você se define?
Eu sempre dou 100% de mim no que estou fazendo. Então, se eu estou estudando, procuro ficar naquele momento ao máximo, aproveitando tudo. Enfim, eu amo o que eu faço, então eu sempre faço tudo com atenção e carinho.
O que mais gosta de fazer no seu tempo livre?
Cantar, sair com os amigos, viajar e ficar com a minha famÃlia.
Qual sua maior qualidade?
Esperança.
E seu maior defeito?
Ansiedade.