Auditores Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal realizaram um protesto, na manhã desta terça-feira (23), nas escadarias da Alfândega. O ato tem como objetivo exigir o cumprimento do acordo salarial e protestar contra os ataques à categoria e ao próprio Órgão.
De acordo com o presidente do Sindifisco Nacional, Cláudio Damasceno, o Ministério do Planejamento sancionou em julho a medida provisória sobre o acordo salarial, mas até hoje não foi feita a regulamentação. “Fomos informados que o acordo seria implementado até 31 de outubro, mas nada aconteceu”.
A situação vem se intensificando desde o dia 1° de novembro de 2017, quando os auditores fiscais entraram em greve. Durante o período, os auditores não usarão os computadores às segundas e sextas-feiras. Já de terças a quintas, os trabalhadores cruzam os braços nas unidades da Receita Federal de todo o país.
“Já os auditores locados em portos e aeroportos realizam operações-padrão, que é uma fiscalização mais rigorosa sobre as mercadorias que são importadas e exportadas no país”. Durante a greve, só serão liberadas cargas essenciais, como medicamentos, insumos hospitalares, animais vivos e alimentação de bordo para tripulantes de navios.
Já na Delegacia da Receita Federal haverá a paralisação de todas as equipes de trabalho, projetos, reuniões gerenciais e demais iniciativas que contribuam para ações de arrecadação. Segundo informações do Sindifisco Nacional, cada dia de paralisação na Alfândega de Santos causa atraso de R$ 100 milhões no recolhimento de impostos federais e acúmulo de dois a três mil containers para liberação de cargas ao País.
Para Damasceno, o protesto é uma forma de chamar a atenção do governo e da sociedade sobre o que está acontecendo na Receita Federal. “As ações vão continuar até o governo e o Ministério do Planejamento resolverem implementar o acordo salarial”.
Fonte: G1