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Santos / Cotidiano

Museu de Arte de Santos: projeto é marca de um gênio da arquitetura

Por Anderson Firmino

A arquiteto Paulo Mendes da Rocha, que morreu no último dia 23 de maio, aos 92 anos, tinha uma relação especial com a cidade de Santos. A relação foi consolidada ao longo de anos e ganhou um “anel de compromisso”: o projeto do Museu de Arte de Santos (MAS), “vizinho de fundo” da sede da Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto, o belo Casarão Branco de frente para o mar. Embora ainda não tenha saído do papel, a iniciativa selou o caso de amor do renomado profissional com a Baixada.

A comissão especial da Pinacoteca que trata do assunto tem o engenheiro André Monteiro de Fazio como presidente. Ele lembra com carinho do início das tratativas com Paulo Mendes da Rocha, que resultaram num projeto arrojado e totalmente adequado ao espaço, apresentado em 2010, em completa harmonia com a sede da Pinacoteca.

“Como fui presidente do CREA na década de 1990, tinha tido oportunidade de conhecer o arquiteto Paulo; os arquitetos ainda faziam parte do conselho e tive a oportunidade de conhecêlo. Ele também era membro do EAB. Isso foi um facilitador, pois já tínhamos um contato inicial”, diz André de Fazio.

Assim, convencer um dos maiores arquitetos do Brasil, reconhecido internacionalmente, com direito ao prêmio Pritzker – o principal do segmento em termos mundiais, em 2006 – não foi tarefa das mais complicadas. “Começamos um primeiro contato, e ele se encantou com a ideia. Contou do projeto do Aquário de Santos que não conseguiu fazer, e via com muitos bons olhos participar de um empreendimento desse”, relembra.

A comissão da Pinacoteca foi até São Paulo algumas vezes para alinhar o projeto. Ao mesmo tempo, o então prefeito João Paulo Papa tinha a promessa de Armando Sendin, falecido em 2020, de que, caso Santos tivesse um espaço adequado, com as devidas características de um seu, cederia seu acervo. Foi o casamento perfeito, e um atestado de qualidade e confiança a um projeto que já nasceu grandioso.

Após o tombamento do Casarão Branco pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos (Condepasa) e os devidos ajustes técnicos, o projeto do MAS estava pronto. Uma maquete, que está na Pinacoteca, ilustra bem o que a mente de Paulo Mendes da Rocha pensou para o espaço. Um termo de cooperação técnica entre a Prefeitura e a Unisanta também foi firmado.

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Foto: Reprodução