O quarto dia da greve dos caminhoneiros tem causado preocupação em todo o país, atingindo diversos setores, entre eles, o de abastecimento de combustíveis. Na região, dezenas de postos estão fechados. Com a escassez, a população enfrenta preços abusivos nos postos onde ainda há combustível.
Em Praia Grande, por exemplo, até a noite de ontem (23), o posto localizado em frente ao Litoral Plaza Shopping, na Avenida Ayrton Senna da Silva, cobrava R$ 4,99 pelo litro da gasolina comum. Hoje (24) pela manhã, o preço subiu para R$ 5,39. Já em Santos, o posto Santos Petrol, que fica na Avenida Visconde de São Leopoldo, 619, no Valongo, está cobrando R$ 5,54 o litro.
O sindicato da categoria que representa a Baixada Santista e Vale do Ribeira, Sindicombustíveis Resan, divulgou a situação do abastecimento na região a partir de levantamento realizado em 82 postos. Em Santos, dos 51 postos pesquisados, 13 estão zerados, 6 com abastecimento somente de gasolina, 1 com etanol e 31 com diesel; em São Vicente, 8 estão zerados e 5 com apenas diesel disponível – de um total de 13 postos pesquisados; em Guarujá, de 16 postos, 10 estão com o estoque esgotado e 6 estão vendendo somente diesel; já em Praia Grande, dos 15 postos que a entidade entrou em contato, 6 estão zerados, 8 com diesel, 4 com gasolina e 4 com etanol.
Os caminhoneiros que participam dos protestos na Baixada Santista impedem a circulação de caminhões nas duas margens do cais, em Santos e Guarujá, desde segunda-feira (21). Equipes da Polícia Militar e da Guarda Portuária acompanham os protestos e não registraram ocorrências ou necessidade de intervenção até o momento.
Na noite de ontem (23), a Petrobras anunciou a redução e o congelamento dos preços do diesel em 10%, por 15 dias. Os caminhoneiros reivindicam esse congelamento por seis meses. Algo em que a estatal não parece estar disposta a ceder. Os transportadores também solicitam o não pagamento nas praças de pedágio do eixo erguido e as melhores condições nos locais de parada.
Os moradores da Baixada Santista começam a sofrer com a falta de combustível, os preços abusivos, a falta de produtos nos supermercados e até a redução da frota de transporte público de algumas cidades.
Guarujá – Devido à greve dos caminhoneiros, o abastecimento dos ônibus que fazem o transporte público municipal em Guarujá não está sendo realizado. Para que não haja interrupção total dos serviços, a partir desta quinta-feira (24) o esquema de viagens e horários será o mesmo adotado aos domingos e feriados, com redução da frota em aproximadamente 40%. O usuário poderá verificar os horários no site da concessionária de transporte municipal, Translitoral, clicando no link Ônibus Fácil.