A gestão da Cadeia Velha de Santos será compartilhada entre o Projeto Guri, programa de formação musical gratuita mantido pela Secretaria de Estado da Cultura, e a Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem), vinculada à Subsecretaria de Assuntos Metropolitanos do Estado, que transferirá sua sede para o local com a proposta de articular iniciativas culturais de toda a região.
O Projeto Guri disponibiliza 300 vagas para cursos de percussão, violão, iniciação musical, violino, viola, violoncelo, contrabaixo acústico e coral juvenil em Santos. Já a Agem, órgão responsável pela integração e planejamento de políticas públicas de interesse comum aos nove municípios da região, pretende intensificar as ações culturais regionais. Um assessor será designado para coordenar uma agenda de atividades no prédio, em diálogo com a classe artística da Baixada Santista.
A ideia é que a Agem se instale no primeiro andar da Cadeia e o Projeto Guri, no térreo. Uma sala do térreo será de múltiplo uso, para abrigar a programação cultural, outra será dedicada a exposições sobre o valor da Cadeia Velha como patrimônio histórico e à memória da escritora Patrícia Galvão, a Pagu, expoente do Movimento Modernista dos anos 1920 e militante de causas sociais. Será avaliada, ainda, a utilização de salas por movimentos artísticos da região (teatro, circo, dança etc.).
De acordo com o subsecretário de Assuntos Metropolitanos Edmur Mesquita, a gestão compartilhada do espaço foi a solução para garantir a reabertura da Cadeia.
Projeto Guri – É hoje o maior projeto de inclusão sociocultural do Brasil, atendendo a cerca de 50 mil crianças e jovens, dos 6 aos 18 anos, com aulas gratuitas de iniciação musical. O Guri é também o projeto mais abrangente da Secretaria da Cultura do Estado, estando presente em 291 municípios paulistas, com 384 polos de ensino.
O polo de Santos atualmente funciona no Sambódromo, na Zona Noroeste. Com a transferência para a Cadeia Velha, no centro, fica facilitado o acesso de estudantes de outras cidades da Baixada Santista. Além disso, por conta do uso do sambódromo durante o Carnaval, o polo de Santos era o único de São Paulo a ter as aulas iniciadas apenas em março. Agora, o calendário poderá ser regulado com o do restante do programa.