A manhã deste domingo (8) de sol foi marcada pelos sons da 3ª edição do concurso de bandas e fanfarras, realizada na avenida Conselheiro Nébias, trecho entre as vias Bartolomeu de Gusmão e Epitácio Pessoa. O evento foi uma realização da Banda Família do Bem, em parceria com a prefeitura, patrocínio da Nita Alimentos, Haidar e Lúcia Caliman.
“Santos já foi conhecida como a capital das bandas e fanfarras na década de 70 e temos o objetivo de resgatar este trabalho que é tão tradicional, incentivando os músicos e mostrando esta arte para munícipes e turistas”, destacou o coordenador artístico do concurso, Milton Custódio Simões.
Durante toda a manhã, 14 bandas da Baixada Santista e interior do estado se apresentaram com repertório variado, incluindo grandes sucessos populares nacionais e internacionais. Entre elas, quatro convidadas especiais e as demais concorrentes em quatro categorias: Banda Marcial Infanto-Juvenil (até 18 anos completos), Banda Marcial Sênior, Sênior Livre e Banda de Percussão Sênior, com pessoas acima de 18 anos. Participaram cerca de 1.000 músicos, além de dançarinas dos corpos coreográficos e pessoal de apoio técnico. Os grupos foram avaliados por oito jurados especializados.
Participantes – Três escolas da rede municipal de Santos também fizeram parte do evento: Florestan Fernandes, José Carlos de Azevedo Júnior e José da Costa e Silva Sobrinho. Elas integram o projeto Pra Ver a Banda Tocar, dentro do Programa Escola Total, da Seduc (Secretaria de Educação), formado por 24 bandas marciais e 20 grupos de flauta doce.
Para o coordenador da iniciativa, Alexandre Felipe Gomes, a participação dos alunos é importante para apresentar o trabalho que é realizado nas escolas e também fazer um intercâmbio com outras bandas. “Isto motiva nossos estudantes e os enchem de orgulho por estarem representando suas unidades e comunidade. No projeto eles aprendem não apenas marcha e a parte musical, mas também disciplina, respeito e a ter compromisso”, completou.
A aluna Ingrid Garcia, 15, toca lira da unidade José Carlos de Azevedo Júnior. “Estou feliz em participar. Acho bem legal”. O maestro da banda de percussão Angelos do Esmeraldo da escola estadual Esmeraldo Tarquínio, de São Vicente, Samuel Ferreira dos Santos, levou 25 músicos para a avenida. “É ótimo poder participar. Tenho 57 anos e desde os 15 trabalho com bandas marciais”, revelou.
A coreógrafa da Bamalo – Banda Marcial de Louveira, interior de São Paulo, Izabela Godoy, também acredita no trabalho das bandas para a formação de crianças e adolescentes. “Aqui ajudamos a criar valores humanos e mostramos novas oportunidades para os alunos”.
Foto: Isabela Carrari