O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, apresentou neste sábado (16) o programa Internet para Todos aos prefeitos da Baixada Santista. O programa será lançado em janeiro de 2018 e levará 18 meses para garantir conectividade em banda larga a 40 mil locais em todo o País.
Esses endereços já foram mapeados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como pontos sem acesso à rede mundial de computadores. A conexão será feita por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).
Antes de desenvolver o programa, o ministério conheceu experiências semelhantes nos Estados Unidos, México e Austrália, países com desafios parecidos devido as grandes dimensões territoriais.
Gradativo
O programa será implantado gradativamente, a partir de janeiro, em 300 municípios entre os estados de São Paulo, Santa Catariana e Amazonas. O ministério já começa a receber as manifestações dos prefeitos que desejam participar do programa.
Para isso os municípios precisam oferecer um terreno para instalação da antena, segurança para o equipamento, assumir o custo da energia da transmissão do sinal e aprovar na Câmara a isenção do ISS para este serviço.
Fibra ótica
O prefeito Paulo Alexandre Barbosa elogiou o programa por seu caráter de inclusão social, mas lembrou que Santos está em uma fase mais avançada da era digital. A cidade que já tem 180 quilômetros em fibra ótica, esta semana concluiu o pregão que vai levar a mesma tecnologia a 400 quilômetros, garantindo a todos os equipamentos públicos a mais alta velocidade disponível. São cerca de R$ 10 milhões em investimentos. “Isso dará mais eficiência na prestação de serviços à comunidade”.
Programa é viabilizado por satélite nacional
O programa Internet para Todos é viabilizado pelo primeiro satélite brasileiro, lançado em 4 de maio ao custo de R$ 2,7 bilhões. O satélite está estacionado a 36 mil quilômetros da Terra, na altura do Equador e tem vida útil de 18 anos.
Esse satélite permite a cobertura de todo o País, inclusive oceanos Atlântico e Pacífico, o que vai garantir sinal de internet até nas plataformas marítimas da Petrobrás.
O equipamento permitirá o uso na defesa nacional (como no combate ao contrabando, tráfico de armas e drogas), educação (com sinal de internet para 34 mil escolas rurais, em cinco anos), saúde (em 15 mil postos médicos em dois anos), além do Internet para Todos.