Quando os alunos do 5º ano da Escola Municipal Professora Myriam Terezinha Wichrowski Millbourn, no Guarujá (86 km de SP), descobriram, em junho, que uma das principais avenidas da cidade levava o nome de um traficante de escravos e suposto assassino, decidiram tomar uma atitude.
Os estudantes reuniram 500 assinaturas a favor da mudança e protocolaram o documento na Câmara, que deu o primeiro passo, na última terça-feira, a favor da reivindicação dos estudantes.
O pedido dos 23 alunos da turma e da professora que encabeça o projeto, Ademara Santos, é para que a avenida Leomil, no centro, passe a se chamar 20 de Novembro, Dia da Consciência Negra.
A ação recebeu elogios e também duras críticas na internet – um dos alunos chegou ouvir injúrias raciais de um vizinho contra o projeto.
Julgamento
Segundo informações da Câmara, o fazendeiro português Leomil era conhecidamente um traficante de escravos, mesmo após a proibição da prática, em 1850.
Foi acusado de matar um marinheiro inglês que iria denunciá-lo e julgado inocente do homicídio, o que causou revolta na cidade.