por Felipe dos Santos

Hoje (24) é o ‘Dia Mundial de Combate à Meningite’, que é uma data reservada para alertar e orientar a sociedade e profissionais da saúde sobre essa doença que pode levar uma pessoa à óbito em pouco tempo.

A Dra. Márcia Rodrigues, em entrevista para o portal MAIS SANTOS, pontuou as características da doença que é muito semelhante a outras febres agudas existentes. “A Meningite é muito difícil de ser apontada, justamente, por ser uma enfermidade que apresenta os mesmos indicativos de outras doenças febris agudas”, disse.

A especialista também ressaltou que a dificuldade da doença ocorre porque, por exemplo, quando uma  criança dá entrada num posto de saúde sentido dores de cabeça, febre alta e vômito, ela pode ser diagnosticado como quaisquer outras doenças como a gripe, virose, amigdalite etc.

Outro fator importante é que a enfermidade começa de forma repentina e pode evoluir levando uma pessoa ao óbito num prazo de 24 à 48 horas.

De acordo com a Secretária de Saúde de São Paulo, em 2018, em todo Estado foram registrados 1912 e 350 mortes ocasionadas pela contração da doença. Nesse ano, já foram confirmados 191 casos e 32 morte. A Dr. Márcia Rodrigues esclareceu que a quantidade vítimas está diminuindo, porém, é muito importante que a sociedade se previna.

“A forma mais eficiente de prevenção da meningite é tomar a vacina. Apenas lavar as mãos ou evitar lugares públicos fechados não são ações suficientes. Você imagina  como seria nos lugares fechados com lotações de pessoas? Como se prevenir diante dessa situação? A forma mais efetiva de evitar a doença é tomar a dose”, afirmou.

A enfermidade é mais comum entre as crianças de até 1 ano de idade. “No histórico da saúde, é recorrente o diagnostico nessa faixa etária”.

A entrevistada disse que a distribuição da vacina contribuiu bastante para a redução do número de pessoas infectadas nos últimos anos.  Além disso, ainda conforme a doutora,  há um segundo pico de casos entre as pessoas de 14 e 15 anos.

Receber a vacina no primeiro ano de vida é fundamental, Dr. Márcia Rodrigues explicou que não é correto deixar para tomar a dose depois do período de um ano.”O certo seria levar a criança já no segundo mês de existência”.

Qualquer pessoa pode receber a vacina contra a meningite, pois não há contraindicação. “todo mundo pode e deve ser vacinado”. alertou.

Casos na Baixada Santista – A nossa reportagem entrou em contato e solicitou junto as nove prefeituras informações sobre o levantamento do número de ocorrências de meningite nos municípios.

Santos – Em 2018, houve 24 casos de meningite entre residentes de Santos, entre os tipos viral (12), bacteriana (4), por pneumococos (3), meningocócica (1), tuberculosa (1), haemophilus (1), outras etiologias (1) e não especificada (1).

São Vicente – a Secretaria de Saúde (Sesau), informou que, em 2018, foram notificados e confirmados 32 casos de meningite. Já em 2019, até o momento, foram notificados e confirmados 11 casos de meningite.

Itanhaém –  à municipalidade informou que houve 3 casos confirmados até o momento.

Peruíbe – em 2018, a Secretária de Saúde, registrou quatro casos, sendo um entre eles como meningocócica. Os outros três são outros tipos de meningites não especificados. Em 2019, houve apenas 01 caso de meningite menigococica.

Guarujá – A Secretaria de Saúde informou que a Cidade possui 18 casos confirmados neste ano até o momento. Além disso, em 2017 foram 8.240 pessoas vacinadas contra a doença. Em 2018, o número chegou a 10.591 doses aplicadas.

Cubatão, Praia Grande, Bertioga e Mongaguá não atenderam a nossa solicitação, até o fechamento dessa matéria.