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Região / Saúde

Crescimento dos casos de dengue e chikungunya assusta Baixada Santista

Da Redação

Não bastasse o enfrentamento à Covid-19, as cidades da Baixada Santista também têm de lidar com o crescimento assustador de casos de dengue e chikungunya, dando ares claros de epidemia na região.

Para se ter uma ideia, Santos teve 262 casos de dengue no ano passado e 3499 de janeiro a julho de 2021. Já de chikungunya houve 122 em 2020 e 5.795 neste ano até o momento.

Confira a situação nas outras cidades da região:

Peruíbe

A Prefeitura de Peruíbe informou que, de acordo com o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), dá para se considerar como foco de uma epidemia de chikungunya. No entanto, o Poder Público não divulgou a quantidade de casos.

Sobre as medidas, o município acaba de realizar a atividade de Avaliação de Densidade Larvária (ADL) onde se faz sorteio de vários imóveis pela cidade verificando a densidade de larvas do Aedes aegypti. No momento retomamos os bloqueios de casos positivos de chikungunya.

O Município também informa que voltou a trabalhar com a Educação colando cartazes nas escolas e mantendo estandes com panfletagem e educação à população em locais de grande circulação como na rodoviária e mercados. Além disso, é feito um trabalho intenso em pontos estratégicos quinzenalmente e mensalmente, além de levantamento de piscinas não tratadas e terrenos e imóveis abandonados.

Quanto ao proceder, após ser detectada a doença, se estiver com muita dor, a recomendação é de se procurar uma unidade de saúde (UBSs) do município.

Bertioga

A Secretaria de Saúde de Bertioga afirma que a Cidade não está em epidemia de Chikungunya. A Prefeitura intensificou desde o início do ano as medidas de controle ao aedes aegypti, incluindo nebulização e ampliando o mutirão de visita dos agentes de endemias nas residências.

Os agentes de controle de endemias estão diariamente nas ruas fazendo visitas para orientar os munícipes e identificar focos do mosquito. Durante o ano inteiro são realizadas visitas às pessoas que contraíram a doença e aos imóveis ao redor das residências dos doentes, identificando possíveis focos e conscientizando a população.

A Prefeitura também aplica larvicidas – inseticida fornecido pelo Governo Estadual – e faz controle biológico através do projeto municipal “Peixe Urbano”, aplicando peixes larvófagos (se alimentam da larva do mosquito) em criadouros que não podem ser removidos, como piscinas abandonadas, por exemplo.

Para os casos de pessoas contaminadas pela chikungunya, a secretaria orienta que procurem a UBS (Unidade Básica de Saúde) mais próxima ou o Pronto Atendimento do Hospital Municipal para receber o tratamento adequado e realizar o exame de sorologia para confirmar o diagnóstico.

De acordo com a secretária de Saúde, Janice Santos, os pacientes são monitorados, tendo em visto que esta doença é considerada nova. “A porta de entrada para a chikungunya no Estado foi a Baixada Santista, os aumento no número de casos nos preocupa, mas a Prefeitura está realizando todas as medidas para combater o aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”, afirma.

Confira os registros de chikungunya na cidade

2020: Não houve registro de caso.

Chikungunya 2021:
Janeiro – 00
Fevereiro – 03
Março – 06
Abril – 08
Maio – 03
Junho – 00
Total: 20 casos

Praia Grande

A Prefeitura de Praia Grande é outra cidade que apresenta um crescimento exponencial das doenças. A informação é de que houve 29 casos de dengue em 2020, sendo uma morte. Entre janeiro e julho deste ano, foram 1234 neste ano e nenhum óbito. Já de chikungunya não foram registrados casos no ano pasasdo, enquanto em 2021 já são 543.

O Poder Público informa que tem passado por períodos ainda mais desafiadores desde o início da pandemia de covid-19, há pouco mais de ano. Porém, essa não é a única preocupação de Praia Grande quando o assunto é controle e prevenção de doenças. A dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, estão no foco das atenções das equipes de saúde.

A cidade está intensificando todas as ações e serviços voltados ao combate à dengue. Desde o início de 2021 foram efetuados 16.338 bloqueios de controle de criadouros, 2497 imóveis foram nebulizados com a bomba costal e 60 ruas foram nebulizadas com o carro de pulverização. Outro destaque no período é que 127 pontos estratégicos, como ferros velhos e locais que podem conter criadouros, 223 obras e 112 imóveis especiais foram vistoriados.

Neste período de pandemia de covid-19, foi necessário adaptar as vistorias e os trabalhos desenvolvidos nas casas dos munícipes, como a nebulização e os bloqueios de criadouros. Além disso, a equipe dos agentes da Divisão de Saúde Ambiental da Sesap segue medidas de biossegurança, como a obrigatoriedade do uso de máscara.

Para a realização da nebulização na casa dos munícipes, existe um esquema especial. A máquina é posicionada no quintal próxima a pontos como janelas e portas. Com relação ao bloqueio de criadouros, os agentes efetuam as ações de investigação na área peridomiciliar, como o quintal. “É válido lembrar que todos os bairros da cidade estão recebendo nebulização com a bomba costal que é um equipamento onde o funcionário vai de casa em casa e realiza a nebulização também com o mesmo inseticida, além de todas as outras ações realizadas pela equipe”, esclarece a diretora da Saúde Ambiental, Maria Fernanda Gonçalves.

A Prefeitura também lembra que a população também precisa fazer a sua parte na guerra contra o mosquito Aedes aegypti. Vasilhames, garrafas, pneus descobertos e os famosos pratinhos dos vasinhos de plantas ainda são os grandes vilões, pois acumulam água parada, criadouro perfeito para o mosquito transmissor.

Medidas simples dentro das residências como telar ralos, limpar calhas periodicamente e colocar areia nos pratos de plantas fazem grande diferença na luta contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor das doenças.

São Vicente

A Prefeitura de São Vicente, por meio da Secretaria de Saúde (Sesau), informa que, no primeiro semestre de 2021, foram contabilizados 732 casos de chikungunya. Em 2020, durante todo o ano, a Cidade registrou nove casos da doença. Os números da dengue não foram informados.

A Sesau informa ainda que o Departamento de Controle de Doenças Vetoriais (Decodove) segue realizando as atividades no combate à dengue e chikungunya em locais de maior incidência de casos, e pede a ajuda da população para que não jogue lixo nas ruas e evite a proliferação do mosquito cuidando dos seus imóveis.

O Decodove continua realizando as visitas nos domicílios nos pontos estratégicos (visitas em ferros-velhos, borracharias, cemitério, pátios de apreensão de veículos, etc) e nos imóveis especiais (escolas, creches, quartéis). Além desses atendimentos, a equipe também atende a questão educativa, com palestras em escolas, igrejas, associações e trabalho junto às gestantes; realiza a triagem e verificação de solicitações que chegam pelo número 0800 e fazem a fiscalização sanitária.

Mutirões são programados quando há necessidade de mobilizar os bairros. Entretanto, existem atividades como o BCC (Bloqueio de Controle de Criadouros) que são prioridade, por serem em locais onde existe transmissão.

As equipes do Decodove estão focam os esforços nesta atividade. O Município conta, também, com o apoio de 30 soldados do Exército Brasileiro que auxiliam nos Bloqueios de Controle de Criadouros (BCC).

Com relação ao aumento no número de casos de chikungunya, o chefe do Decodove e biólogo, Fábio Lopes, explica que se formou uma nova massa de suscetíveis, já que nos últimos anos foram registrados poucos casos confirmados dessa doença.

Somando-se a isso, há a grande quantidade de proliferação de mosquitos, devido às condições climáticas (com temperaturas mais amenas e tempo úmido), as chuvas, seguidas do aumento de temperatura, além da grande quantidade de recicláveis que não tem destinação correta, casas fechadas e, principalmente, grande circulação de munícipes.

Mongaguá

Em Mongaguá, foram registrados 10 casos de chikungunya em 2021 e nenhum em 2020. Não foram registrados óbitos. Já de dengue aconteceram 44 no ano passado e 126 em 2021. A cidade realiza ações de bloqueio e nebulização em todos os bairros.

Itanhaém

Em Itanhaém, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, informa que está monitorando os casos e, comparando os números de notificações dos meses de maio e junho, conclui-se que houve um decréscimo em torno de 63% nos casos confirmados.

Testes rápidos para Dengue realizados no Município:
JANEIRO 99
FEVEREIRO 150
MARÇO 516
ABRIL 816
MAIO 1396
JUNHO 318

A cidade não tem testes rápidos para detecção de Chikungunya. Quando solicitado o exame, enviamos a coleta para o Instituto Adolfo Lutz.

A cidade não tem testes rápidos para detecção de Zika Vírus. Quando solicitado o exame, enviamos a coleta para o Instituto Adolfo Lutz.

Testes Laboratoriais para detecção de Dengue realizados no Instituto Adolfo Lutz:
JANEIRO 00
FEVEREIRO 00
MARÇO 1575
ABRIL 54
MAIO 117
JUNHO 22

Testes Laboratoriais para detecção de Chikungunya realizados no Instituto Adolfo Lutz:
JANEIRO 00
FEVEREIRO 02
MARÇO 13
ABRIL 23
MAIO 40
JUNHO 01

Testes Laboratoriais para detecção do Zika Vírus realizados no Instituto Adolfo Lutz:
JANEIRO 00
FEVEREIRO 01
MARÇO 00
ABRIL 00
MAIO 04
JUNHO 01

Ações educativas e mutirões foram algumas das ações da Prefeitura de Itanhaém com relação às doenças.

Guarujá

A Prefeitura de Guarujá informou que em 2020 foram registrados 256 casos de dengue, enquanto já são 950 neste ano. Já os de chikungunya revelam um avanço ainda mais assustador: de 1 em 2020 para 1338 neste ano.

Cubatão

A Prefeitura de Cubatão não informou dados a respeito de casos de dengue e chikungunya.

Foto: Reprodução