PUBLICIDADE

Região / Polícia

Suspeito que ateou fogo em van onde estavam meninos que foram mortos está foragido

O caso ocorreu no último domingo (19), por volta de 06h40, na Avenida São Paulo, no bairro Quarentenário.  Segundo a ex-companheira do acusado, de 44 anos, ele é usuário de drogas e ateou fogo no veículo por vingança. 

 

Vídeo: Reprodução 

Por Vinícius Farias

O suspeito de atear fogo na van, onde estavam dois meninos, de 10 e 14 anos, que morreram carbonizados, no bairro Quarentenário, em São Vicente, está foragido. Trata-se de Agnaldo de Lima, conhecido como “Raposa”, de 44 anos. A Justiça decretou a prisão temporária dele. 

A identificação do indivíduo foi possível graças ao depoimento de uma mulher, que se apresentou na delegacia como ex-esposa de Raposa. Ela afirmou que viveu seis anos com ele, com quem teve três filhos. No entanto, ela disse que Agnaldo era usuário de drogas.

Segundo o depoimento, Raposa  ateou fogo na van para se ‘vingar’ da dona do veículo, que não deixou ele usar o automóvel como ‘abrigo’, assim como os jovens faziam. Porém, segundo ela, o indivíduo não sabia que as vítimas estavam no interior do veículo.

Em um vídeo obtido pela reportagem é possível ver o acusado aparentemente jogando algo no veículo. Logo depois, ele vai embora na direção oposta. Em seguida, o fogo começa. (veja o vídeo acima) 

Foto: Reprodução

O caso 

O fogo aconteceu no último domingo (19), por volta de 06h40, na Avenida São Paulo, no bairro Quarentenário. O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou as chamas. Os corpos dos garotos foram encontrados após o rescaldo das chamas. 

Um dos jovens foi identificado e seria Igor Gustavo de Andrade, de 14 anos. A suposta tia do menino, de 32, teria se apresentado e alegou que ele vivia em situação de rua. Além disso, ela relatou que o menor costumava dormir na van.

O outro cadáver seria de Nicolas Gabriel Carvalho, de 10. As roupas dele foram reconhecidas por uma mulher, de 31, que relatou que o sobrinho estava desaparecido desde 17 de maio, quando conheceu amigos no bairro e não voltou mais para casa. 

A mulher mora no bairro Vila Margarida, registrou boletim de ocorrência e procurava o menino pelas redes sociais.

Em ambos os corpos, testes de DNA foram realizados, para confirmar a identificação das vítimas. O processo leva aproximadamente dois meses. O caso é investigado por meio de inquérito policial na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) da Praia Grande.