A Comissão Processante instaurada julgar ou não o impeachment do prefeito de Guarujá, Válter Suman (PSDB), recebeu a Defesa Prévia apresentada por Suman na última sexta-feira (06). A comissão composta pelos vereadores Fernando Martins dos Santos (MDB), Santiago Angelo (PP) e Carlos Eduardo Vargas (PTB) se reuniu nessa terça-feira (10) para fazer a análise.
Após o recebimento da Defesa do Prefeito, a Comissão terá o prazo de cinco dias para determinar se dará prosseguimento ou se o processo será arquivado. Caso haja o arquivamento, a Comissão deverá elaborar relatório fundamentado que será levado ao plenário para votação, no caso de decidir pelo prosseguimento determinará as diligências que serão realizadas nos termos do Decreto-Lei 201/1967.
A Câmara Municipal aprovou a instauração de Comissão Processante para apurar eventuais irregularidades relacionadas ao esquema de desvio de verbas e recursos voltados par a Saúde e para a Educação. Válter Suman é apontado como o possível chefe da organização e está sendo investigado pela Polícia Federal, durante a Operação Nácar.
Entenda o caso
A Polícia Federal descobriu que duas organizações criminosas estariam agindo dentro da Prefeitura de Guarujá e os responsáveis seriam o prefeito afastado Válter Suman, junto com a esposa, Edna Suman e o até então secretário de Educação da cidade, Marcelo Nicolau. Eles estariam envolvidos nas negociações e fraudes de contratações públicas para faturar o dinheiro indevido.
A suspeita é que os contratos foram firmados em valores acima dos R$ 30 milhões, sendo que uma parte era repasse do governo federal para o enfrentamento da Covid-19. Tanto Suman como Nicolau chegaram a ser presos, mas agora estão tendo que se locomover usando tornozeleiras eletrônicas.
Foto: Reprodução Arquivo