A vítima chegou ao hospital com sangramento nasal, oral e diversos hematomas. Além disso, a pequena Valentina Rodrigues de Souza da Silva apresentava afundamento de crânio, sangramento na laringe, fratura de tíbia direita e luxação de cotovelos.
Foto: Google Street View
Por Vinícius Farias
Uma bebê de um mês e 20 dias morreu no domingo (22), no Hospital e Maternidade de Mongaguá, que fica na Avenida São Paulo, no centro de Mongaguá.
Segundo a prefeitura, a vítima chegou ao local com sangramento nasal, oral e diversos hematomas. Além disso, a pequena Valentina Rodrigues de Souza da Silva apresentava afundamento de crânio, sangramento na laringe, fratura de tíbia direita e luxação de cotovelos. A suspeita é que os pais, de 17 e 19 anos, praticavam maus-tratos com a criança.
De acordo com o boletim de ocorrência, os agentes e o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionados no domingo (22). Assim que chegaram na unidade, foi constatado que a vítima não resistiu.
Depois de constatado o óbito, a criança foi encaminhada para o Instituto Médico Legal (IML), com a presença da Polícia Militar (PM). Segundo o laudo, as fraturas no corpo da menina eram “lesões anteriores”, o que significa que haviam sido feitas antes da data em que ela deu entrada na unidade de saúde.
Os pais de Valentina, Yuri Rodrigues da Silva, de 19 anos, e de uma adolescente de 17, foram detidos nesta segunda-feira (23). Eles moravam em uma casa alugada com a bebê. O casal nega o crime. Segundo o BO, a mãe da criança relatou que ela acordou com febre, no domingo (22), vomitou e teve diarreia, mas não foi medicada. Ela disse não ter procurado ajuda porque estaria sem dinheiro para uma corrida de aplicativo.
Na parte da noite, a jovem notou o corpo da filha gelado. Após pegá-la no colo, fez respiração boca a boca e massagem no peito. Yuri acionou a ambulância.
O pai justificou que levaria a filha ao hospital no dia seguinte. Ele destacou que há uma semana apareceram algumas manchas no corpo da bebê e que não a levou ao médico.
O caso foi registrado como morte suspeita pela delegacia do município, que requisitou perícia.