PUBLICIDADE

Região / Polícia

Ouvidoria da PM pede afastamento de policiais acusados de estupro coletivo

O caso ocorreu em 10 de agosto do ano passado, em uma casa alugada para uma festa da corporação, no Balneário Praia de Pernambuco, em Guarujá. Conforme o relato da vítima, os agentes supostamente teriam feito uma fila para estuprá-la.

 

Foto: Google Street View 

Da redação

A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo pediu o afastamento dos 11 policiais militares acusados de estuprar uma mulher, de 33 anos, em Guarujá. O caso ocorreu em 10 de agosto do ano passado, em uma casa alugada para uma festa da corporação, no Balneário Praia de Pernambuco.  

Segundo a Ouvidoria, o órgão enviou um ofício para a Polícia Judiciária solicitando mais informações sobre o caso. A Corregedoria da Polícia Militar (PM) também foi oficiada, pedindo o afastamento das funções dos agentes, pela gravidade das acusações.

O ofício foi enviado no dia 2 de fevereiro e até o momento, a pasta não teve retorno.

O caso

A mulher, que não será identificada, alega que foi vítima de estupro coletivo, cometido por 12 homens, sendo 11 policiais militares. Ela inclusive, chegou a engravidar, mas interrompeu a gestação. 

O caso ocorreu em 10 de agosto do ano passado, em uma casa alugada para uma festa da corporação, na Avenida Hans Stadem, 188, no Balneário Praia de Pernambuco. 

A vítima relatou que ela e uma amiga foram convidadas para a festa e após ingerir bebidas alcóolicas, a mulher ficou inconsciente. Conforme o relato, inicialmente ela teve relação consensual com um dos integrantes da festa em um quarto no imóvel e que após “apagar” no cômodo, os demais se “organizaram” para estuprá-la.

Ainda de acordo a mulher, ela só soube do ocorrido no dia seguinte, por um amigo, que informou que encontrou ela em um dos quartos do imóvel e uma espécie de fila de homens, para estuprá-la.

Ela disse que o amigo contou que ordenou para os PMs pararem com os abusos. Em seguida, ele deu banho nela e a colocou para dormir.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a vítima só registrou a ocorrência no dia 12 de dezembro, na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo, pois estava com medo de sofrer represálias dos supostos abusadores. O caso foi encaminhado para a Delegacia da Mulher (DDM) de Guarujá, que investiga o caso, sob segredo de justiça. Foram requisitados exames sexológico e médico para a vítima 

Diante da gravidade da denúncia, a Polícia Militar (PM) informou que instaurou uma sindicância para apurar a participação de policiais militares no crime.

Denuncie o estupro! 

De acordo com a Polícia Civil, em caso de flagrante ou que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento, telefone para o número 190. “Não deixe de registrar a violência, mesmo que ela tenha sido cometida dentro da família ou por pessoa próxima. A corporação mantém delegacias especializadas em todo o estado, mas todas as unidades estão aptas a atender vítimas de casos de violência. O atendimento é imediato”, informa o site da polícia.

  • Sem ferimentos graves: procure a Delegacia da Mulher se existir essa unidade em seu município ou a delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência. Na delegacia, a mulher receberá a guia para o exame de corpo de delito, a ser feito no Instituto Médico-Legal (IML) ou hospital conveniado. Nesse atendimento, se for o caso, a mulher receberá medicamentos contra doenças sexualmente transmissíveis.
  • Com ferimentos graves: quando houver ferimentos graves, com necessidade de pronto atendimento, a unidade de saúde ou hospital deverá fazer o encaminhamento ou orientar a paciente para que procure a delegacia de polícia. Na maioria dos casos com internamento, o próprio hospital confirma a violência e avisa a Polícia Civil.