O total de drogas apreendidas pelas polícias Civil e Militar chegou a 476 kg. Também foram apreendidas 21 armas entre pistolas e fuzis.
Foto: Danilo Verpa / Folhapress
Por Vinícius Farias
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) divulgou um aumento no número de pessoas presas durante a “Operação Escudo” na Baixada Santista. De acordo com a pasta, 16 pessoas morreram, sendo quatro em Santos e 12 em Guarujá. Subiu para 128 o número de presos durante os oito dias da operação na Baixada Santista. Dentre os detidos, 64 foram detidos em flagrante e 46 eram foragidos da Justiça. Quatro adolescentes foram apreendidos.
O total de drogas apreendidas pelas polícias Civil e Militar chegou a 476 kg. Também foram apreendidas 21 armas entre pistolas e fuzis.
De acordo com a SSP, em oito dias de operação a polícia vistoriou 2.566 automóveis, dos quais 175 foram removidos, e 1.421 motocicletas, das quais 138 foram recolhidas.
Operação Escudo
O que desencadeou a “Operação Escudo”, foi a morte do soldado Patrick Bastos Reis, que foi baleado enquanto fazia um patrulhamento na comunidade da Vila Zilda, última quinta-feira (27). A vítima chegou a ser levada para uma unidade de pronto atendimento na cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Um outro policial também foi ferido, mas na mão esquerda. Ele foi encaminhado para o Hospital Santo Amaro (HSA), onde passou por um procedimento e foi liberado.
O suspeito de matar Patrick Reis foi preso. Erickson David da Silva, conhecido como “Deivinho”, se entregou no último domingo (30) e teve a prisão temporária mantida por 30 dias.
Na madrugada desta quarta-feira (2), por volta de 2h, o irmão de “Deivinho” foi preso após também se entregar. De acordo com a corporação, Kauan Jason da Silva, de 19 anos, é suspeito de envolvimento na morte do soldado Reis na última quinta-feira (27).
Segundo a SSP, o Kauan foi o responsável por avisar o grupo de traficantes sobre a chegada de viaturas na comunidade em que eles atuavam.
Pedido do suspeito
Em um vídeo gravado antes de se entregar, Erickson pede para que Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, parem com a “matança” de inocentes. (veja abaixo)
No vídeo, ele diz: “Quero falar para o Tarcísio e para o Derrite parar de fazer a matança aí. Matando uma “pá” de gente inocente. (Estão) querendo pegar a minha família, sendo que eu não tenho nada a ver. Estão me acusando. É o seguinte, vou me entregar. Não tenho nada a ver, entendeu?”
Vídeo: Reprodução
Em entrevista coletiva nesta segunda-feira (31), no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, o governador e o secretário Guilherme Derrite, deram detalhes sobre a operação.
Quando perguntado sobre o vídeo feito pelo suspeito, Derrite afirmou que ele foi “uma estratégia do crime organizado”.
Aumento no policiamento
Ainda durante a coletiva, foi anunciado pelo governador o aumento do policiamento, além de uma nova unidade policial, em Guarujá.
Segundo Tarcísio de Freitas, as ações se fazem necessárias pois “o tráfico ocupou a Baixada Santista”.