De acordo com a Polícia, Karen de Moura Tanaka Moris, de 37 anos, foi presa na zona leste de São Paulo. Ela era companheira de outro membro da facção criminosa que havia sido preso pela polícia paulista.
Foto: Reprodução / SSP
Da redação
A Polícia Civil prendeu uma mulher, que era responsável pela lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), na Baixada Santista, nesta quinta-feira (8). Karen de Moura Tanaka Moris, de 37 anos, conhecida como “Japa do Crime”, foi detida na zona leste de São Paulo. Com ela, foram apreendidos mais de R$ 1 milhão e cerca de US$ 50 mil (cerca de cerca de R$ 249 mil ).
Karen era companheira de outro membro da facção criminosa que havia sido preso pela polícia paulista. De acordo com a Secretária de Segurança Pública (SSP), a investigação começou em junho do ano passado, em Praia Grande. “Com as informações obtidas pelos investigadores foi possível detectar a movimentação financeira. Foram solicitados três mandados de busca, que foram cumpridos em Bertioga e na capital paulista”, disse o delegado-geral, Artur Dian.
Ainda conforme a polícia, todos os indícios coletados apontam que ela é a responsável por lavar grande parte do dinheiro da facção criminosa no Litoral.
“Os relatórios de informações financeiras obtidos pela Polícia Civil indicam que a suspeita movimentava milhões de reais da facção para ocultar a origem do dinheiro oriundo do tráfico de drogas”, completou o delegado.
“Essa ação é parte da estratégia de asfixia financeira do crime organizado”, explicou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante coletiva na sede do Comando de Policiamento do Interior, em Santos, onde o gabinete institucional funciona temporariamente.
Operação Verão
A terceira fase da operação recebe o acréscimo de mais de 400 policiais que estão atuando na Baixada Santista para combater o crime organizado. A ação foi desencadeada após a morte do cabo José Silveira dos Santos, morto por criminosos na quarta-feira (8). Um suspeito morreu ao pular do prédio e outro foi detido e segue internado.
“Nós aumentamos demasiadamente o efetivo policial para garantir a segurança e proteger os turistas e ao mesmo tempo combater o crime organizado”, completou o secretário.
A Polícia Civil, por meio dos departamentos que estão instalados no litoral paulista, está fornecendo informações de inteligência para que as tropas em campo possam atuar seguindo as prioridades e a complexidade da região. Tropas especializadas de outras partes do Estado também foram empenhadas no litoral.
“Nós estamos intensificando o patrulhamento na região com mais agentes e com o auxílio de informações de inteligência e planejamento”, disse o secretário.
Suspeito procurado
A SSP publicou a resolução que prevê o pagamento de uma recompensa de R$ 50 mil por informações que ajudem a prender Kaique Coutinho do Nascimento, de 21 anos, apontado como autor do tiro que matou o soldado Samuel Wesley Cosmo, da Rota, na sexta-feira (2), durante a Operação Verão, em Santos.
O suspeito foi identificado durante as investigações da Polícia Civil, que representou pela prisão temporária, aceita pela justiça. Os policiais continuam as buscas na tentativa de localizá-lo. As denúncias podem ser feitas pelo portal do Web Denúncia e pelo telefone 181.
Transferência de gabinete
Após a morte do cabo da Polícia Militar (PM), José Silveira dos Santos, do 2⁰ Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), nesta quarta-feira (7), o secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou a transferência temporária do gabinete dele para Santos.
O secretário e os chefes das forças de segurança, Coronel PM Cássio Araújo de Freitas, e o delegado-geral, Artur Dian, permanecerão na Baixada Santista acompanhando as ações de combate à criminalidade e as buscas pelos suspeitos de envolvimento nas mortes de dois policiais militares que atuavam na Operação Verão.
Operação Escudo
A ação policial foi retomada no dia 26 de janeiro, após a morte do soldado da Polícia Militar (PM), Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos. O agente era de São Paulo, do 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, mas trabalhava em Praia Grande, na Operação Verão. Ele foi morto quando voltava para casa. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), policiais militares rodoviários foram acionados para atender a ocorrência e encontraram a vítima ferida, ao lado de uma motocicleta. O resgate esteve no local e constatou o óbito.
No fim da tarde da última sexta-feira (2), o soldado da Polícia Militar (PM), Samuel Wesley Cosmo, foi morto na Avenida Brigadeiro Faria Lima, no bairro Bom Retiro, na Zona Noroeste.
Segundo a SSP, Cosmo foi atingido no olho, socorrido e levado à Santa Casa de Santos, onde passou por cirurgia, mas não resistiu. Após o ocorrido, a Operação Escudo teve reforço, para localizar e prender os envolvidos na morte dele.
Nesta quarta-feira (7), o cabo José Silveira dos Santos, foi baleado na lateral do abdômen e não resistiu. O caso ocorreu em um prédio, na Rua João Carlos de Azevedo, no bairro Jardim São Manoel. Ele e outro agente faziam patrulhamento, quando foram atingidos. Um criminoso também foi baleado e outro pulou de um prédio para escapar e morreu.
No total, 15 pessoas morreram em confrontos com a polícia.
A primeira Operação Escudo aconteceu no ano passado, após a morte do Soldado da Rota, Patrick Bastos Reis. A ação policial durou 40 dias e teve o objetivo de sufocar o tráfico de drogas e combater o crime organizado. Ao todo, 805 pessoas foram presas, sendo 311 foragidas da Justiça.
Também foram apreendidas 96 armas, entre pistolas e fuzis, e 939,3 kg de drogas. 28 pessoas foram mortas.