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Região / Cotidiano

Cubatão: mulheres são maioria em lista de prioritários para receber doações

Por Silvia Barreto

Março de 2020 marcou o início da pandemia no Brasil. Um período que até agora não aponta para um possível encerramento, pelo contrário, segue a passos largos e sem retrocesso. Em Cubatão, um grupo de moradores também tinha essa percepção e acreditava no breve restabelecimento do País. No ano passado, esta ação solidária que objetiva ajudar famílias carentes, em sua maioria sem emprego, iniciou o trabalho de mobilização, mas pouco depois foi suspenso pelos organizadores entenderem que o cenário da doença não se perpetuaria por tanto tempo.

A retomada dessa proposta foi inevitável no início deste ano, diante do avanço de casos confirmados e as consequências na economia em todo o País. De acordo com dados do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) em Cubatão, o número de desempregados no Município atinge a marca estimada de 14 mil pessoas. Esse dado se multiplica quando os cálculos envolvem as famílias nesta situação.

 - REVISTA MAIS SANTOS

Paloma dos Santos (à dir.) idealizou a campanha promovida pelo coletivo “Mulheres da Resistência

Pedido de ajuda
Paloma dos Santos, idealizadora da Campanha contra a Fome promovida pelo coletivo “Mulheres da Resistênciaâ€, detalha o perfil de pessoas que os procuram em busca não somente de alimentos. “Muitas mulheres começaram a nos procurar. Eu decidi fazer um vídeo pedindo ajuda da população e de quem pudesse ajudar a arrecadar mantimentos para montar as cestas básicas e doar a essas mulheres. Em sua maioria são jovens, negras, periféricas, mães solo e com um número muito grande de criançasâ€, esclarece.

A mobilização daqueles que queriam ajudar fez a iniciativa crescer de forma significativa. O grupo ganhou um carro e, desde então, percorrem os bairros em busca de doações. Em paralelo foi organizado um levantamento daqueles mais necessitados. “Todas as famílias são cadastradas com nome, telefone, bairro, número de pessoas na casa, se tem Bolsa Família ou não, se está desempregado ou não. Nós fazemos uma cesta diferenciada pelo número de pessoas e de crianças que tem na residênciaâ€, detalha Paloma.

Desde Janeiro deste ano já foram entregues 360 cestas básicas completas com kit higiene. “O que mais nos surpreende é que a sociedade civil tem se movimentado bastante e ajudado muito. Até o momento não recebemos a doação de nenhuma empresaâ€, ressalta.

Leia a reportagem na íntegra na edição deste mês da revista Mais Santos (clique aqui).

Fotos: Acervo pessoal