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2.0 - REGIÃO

Presidente da Câmara dos Deputados participou do LIDE Live com mais de mil empresários

Empresários filiados ao Lide Santos participaram, no último dia 27 de março, de uma LIVE com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O evento on-line denominado LIDE LIVE foi promovido, pela primeira vez, pelo LIDE Global.

Em uma hora, Maia palestrou para cerca de mil empresários de todo o país, inclusive da região, sobre “Os impactos da atual crise no avanço das reformas e cenário político-econômico do país” e respondeu aos questionamentos de dez grandes empresários e lideranças de diversos setores da economia, como saúde, finanças e varejo, entre outros.

Segundo o presidente do LIDE Santos, Jarbas Vieira Marques Junior, o evento inicialmente seria presencial, em São Paulo, com membros do LIDE Global, mas precisou ser ajustado para o modo virtual por conta das medidas de restrição impostas pelo avanço da pandemia causada pelo COVID-19. “Todos torcemos pelo Brasil, estamos todos sob a mesma bandeira, e Maia tem cumprido um papel fundamental neste período de atribulações”, frisou Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE, que mediou o encontro virtual com o diretor-executivo do Grupo Doria, João Doria Neto.

Sobre as reformas necessárias, como a tributária e administrativa, Maia foi enfático ao dizer que a prioridade agora é combater o coronavírus e salvar vidas humanas. “Somos cobrados, mas o governo até agora não mandou nenhuma das duas ao Congresso. Com reforma ou sem reforma, o Brasil teria de colocar do mesmo modo recursos para enfrentar a pandemia. Não é momento de gestos simbólicos, mas de gestos concretos”, afirmou.

“Diante de um cenário desafiador e que muda a cada momento, é preciso acompanhar semana a semana para que o país adote as melhores medidas”, disse Maia. Depois deste período, segundo ele, há necessidade de retomar a economia, com soluções e ações efetivas, como obras de infraestrutura. E, com isso, atender às necessidades da população, em especial as camadas mais vulneráveis e impactadas com as iniciativas tomadas para combater o Covid-19.

Segundo Maia, os investimentos esperados para o segundo semestre devem se traduzir em empregos para os brasileiros. “Em tempo de guerra, não há linha econômica. Outros países adotaram políticas compensatórias setoriais, como a aviação. Se não nos organizarmos para os próximos dois meses, cada semana poderá ser pior que a outra, com custos enormes para o Brasil”, defendeu. O deputado também preconiza medidas efetivas para mitigar os efeitos da pandemia na vida dos cidadãos, como uma renda mínima e até mesmo a prorrogação do período de envio da declaração de Imposto de Renda.

O olhar para pessoas do grupo de risco, como idosos, é outra preocupação de Maia. Ele enfatizou que muitos dos idosos não têm como se isolar, pois convivem diariamente com familiares e parentes, e por isso é preciso manter o isolamento social. O deputado lembrou que a Itália liberou a população do norte do país para circular e depois retomou o isolamento, tendo em vista o crescimento exponencial de contaminados e de mortes. “Defendo que temos de ter previsibilidade nos próximos dois meses. Liberar a população do isolamento social neste momento será uma tragédia, colapsando o sistema de saúde. Conflitos agora não ajudam a resolver nada”, afirmou.

“É preciso garantir recursos não somente para a população mais vulnerável, como também para o setor produtivo, como têm feito nações como os EUA e Reino Unido. O exemplo de outros países nos mostra um caminho, e se formos para outro vamos acabar no escuro. Quanto maior a imprevisibilidade, maior o risco, e os bancos acabam tendo mais dificuldades em conceder crédito. Estamos trabalhando com o Banco Central para que as instituições financeiras ofereçam linhas de empréstimo às empresas”, disse Maia.

Para Maia, é necessário ter ações integradas entre os Poderes Executivo e Legislativo: “Temos de reabrir o diálogo em torno do que nos une, e não no que nos divide”. Segundo o deputado, o governo Bolsonaro não tem maioria na Câmara e nem se esforça para isso. Sobre um eventual adiamento das eleições municipais deste ano, o deputado disse que não tem previsão constitucional de estender o mandato de prefeitos até 2022. “Isso não é algo simples.

Fotos: Divulgação