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2.0 - REGIÃO

Pesquisa mapeia principais dificuldades de ONGs que atuam em regiões da Baixada Santista e Grande SP

Uma pesquisa realizada pela Fundação Salvador Arena com organizações não governamentais que atuam nas regiões da Baixada Santista e Grande São Paulo aponta que 46% delas têm média ou fraca estrutura organizacional e 50% têm dificuldades para se comunicar com o público de interesse de forma efetiva.

Os dados foram coletados por meio de questionário enviado a 25 ONGs de médio e pequeno porte que atendem gratuitamente a população do Grande ABC, Baixada Santista e de São Paulo.

As ONGs pesquisadas movimentaram mais de R$ 40,4 milhões em 2015, sendo 66% deste valor repassado por meio de convênios com os governos municipal, estadual e federal, 15% de doadores individuais, 10% de empresas e fundações, 7% do Programa Nota fiscal Paulista e 2% por meio de incentivos fiscais.

Sérgio Loyola, responsável pela pesquisa e gerente de projetos sociais da Fundação Salvador Arena, conclui que os resultados refletem a necessidade de profissionalização no terceiro setor brasileiro. “A maioria das ONGs pesquisadas está sobrecarregada no atendimento e sem tempo e para capacitação adequada.”

O estudo revela ainda que 55% das entidades captam recursos de maneira emergencial e, quando há um plano para captar, os resultados não são avaliados de modo técnico. A pesquisa também analisou a estrutura institucional e organizacional das ONGs e apontou que 20% estão sem planejamento estratégico adequado ou atualizado e 35% afirmam não terem participação efetiva da diretoria na captação de recursos.

O estudo foi feito entre os dias 17 e 22 de junho deste ano com 25 entidades sem fins lucrativos que recentemente aceitaram participar dos cursos gratuitos oferecidos pela Fundação Salvador Arena nas áreas de Gestão Profissional e Sustentabilidade Financeira.

Veja a seguir os resultados de comunicação e relacionamento das ONGs:

60% não têm site;

35% têm site, mas está desatualizado ou em reformulação;

70% sabem da importância de se comunicar com o público de interesse, mas não têm um plano de comunicação formal;

30% não estão nas redes sociais ou estão com páginas desatualizadas;

50% não têm dados das pessoas com quem se relacionam (nome, email, telefone, etc), ou quando têm estão desatualizados;

50% não têm ou não acreditam ser prioridade ter os dados dos doadores (PF) com quem se relacionam (nome, e-mail, telefone, etc);

35% sabem quem é o público de interesse, mas não têm estratégias adequadas para se relacionar com ele;

10% sabem da importância do trabalho em rede, mas não se esforçam para trabalhar em parceria com outras organizações.