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Home care, atendimento domiciliar que salva muitas vidas

Produzido por Felipe dos Santos

No Brasil cresce o número de empresas especializadas no atendimento de saúde à domicilio, também, conhecido como home care. O termo é de origem inglesa: home (significa lar) e care (cuidados). Ou seja, literalmente o sentido da palavra quer dizer: cuidados no lar.

De acordo com o último relatório global da Home Health Care Services (Serviços de Assistência Médica Domiciliar) – INSEAD com esse aumento, eleva-se de maneira conjuminada, o potencial desse mercado (home care) na América Latina. Os estudos mostram que o crescimento no investimento nesse setor está em torno de 33%.

Os motivos para essa alavancada dos estabelecimentos que prestam esse serviço se dá, principalmente, pelo envelhecimento da população: que demanda cuidados e, consequentemente, planos e operadoras que ofereçam coberturas deste tipo de atendimento.

Outro fator importante é a possibilidade de desospitalização, o serviço de home care pode provocar uma diminuição até nos custos para as operadoras de saúde entre 30 e 50%, aponta o relatório.

Dados divulgados neste ano pelo Ministério da Saúde, por meio do Estudo Longitudinal da Saúde dos Idosos Brasileiros (ELSI-Brasil) indicam que cerca de 70% dos idosos no Brasil têm alguma doença crônica.

Dentre as principais não transmissíveis (cardiovasculares, respiratórias crônicas, diabetes mellitus e neoplasias), existem quatro fatores de risco em comum: tabagismo, uso nocivo de álcool, alimentação não saudável e atividade física insuficiente.

Para Daniela Alves, gerente da Home Doctor, Unidade Santos, a atenção domiciliar engloba serviços da área da saúde oferecidos na própria residência do paciente. “São atendidos casos em que o paciente teria a necessidade de continuar no hospital ou fazer consultas e procedimentos frequentes em ambulatórios, por exemploâ€, explica.

Domingas Aparecida Ferreira, esposa de um paciente assistido pelo serviço, disse que o atendimento domiciliar foi muito importante para todo o processo do enfermo.

“O home care foi a oportunidade que encontramos para salvar o meu marido, que já sofreu quatro AVC’s. O serviço de cuidados no lar fez com que nos aproximássemos muito mais. Já são cinco anos recebendo os profissionais de saúde. A equipe e os equipamentos ajudaram muito para o meu esposo não ficar internado todo esse tempoâ€, esclarece.

Como funciona o home care 

A gerente, Daniela Alves, também ponta que quando os pacientes estão com quadro clínico estável, eles dão continuidade ao tratamento, após a alta hospitalar, com a supervisão de um profissional ou de uma equipe de saúde, podendo ser atendidos desde os casos mais simples, como curativos e medicações, até os mais complexos, como os pacientes que necessitam de respiração através de equipamentos.

Este tipo de serviço traz vantagens ao oferecer um atendimento personalizado. Cada paciente recebe um tratamento de acordo com as suas necessidades e indicações clínicas, podendo contar com diferentes profissionais de saúde e graus de infraestrutura.

“A procura por esse tipo de atendimento cresce no Brasil por ser humanizado, individualizado, com chances de uma recuperação mais rápida e com menor risco de complicações clínicas, reinternações desnecessárias e infecções”, revela.

Dois tipos de serviço de home care – os serviços podem ser ofertado em dois formatos: a internação domiciliar e o atendimento domiciliar. A primeira atende pacientes clinicamente estáveis que precisam completar tratamentos sob supervisão médica, seja para tratar de processos infecciosos prolongados ou reincidentes, cuidados paliativos ou uso de aparelhos para suporte de vida, como ventilação mecânica.

O atendimento domiciliar por sua vez atende casos menos complexos em que é necessário a administração de medicação injetável, por exemplo, antibióticos e anticoagulantes, ou a realização de procedimentos como curativos, sondagens e treinamentos para o cuidador.

Além disso, pessoas que necessitam de reabilitação também podem receber em casa o atendimento de fisioterapeutas, fonoaudiólogos ou nutricionistas.

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