Os dados são de uma pesquisa americana recentemente realizada pela Slumber Cloud mostrou que 68% dos americanos acham essa época é a mais estressante do ano. A médica especialista em psicossomática e cirurgiã do aparelho digestivo, Dra Maria José Femenias Vieira, de SP, explica porque isso acontece.
Quando começa dezembro inicia-se também uma alta carga de ansiedade e preocupação bem maior do que em qualquer outro perÃodo do ano. Os motivos variam entre a rotina intensa de preparativos para as férias de final de ano, a obrigação de comparecer à s reuniões de amigos e familiares, os gastos excessivos que a época exige e os esforços aumentados para fechar as metas sob pressão antes que o ano termine. No mais, justamente nessa época do ano ainda é comum que todo mundo faça um ‘balanço’ do que foi conquistado – e pior: do que não foi alcançado – e aà que se abre ainda mais espaço para as frustrações.
“A sensação de ansiedade aumenta conforme o estresse gerado por cobranças externas e internas aumentam. Isso é uma resposta ao encerramento de um ciclo, o que é muito angustiante. Os sintomas mais comuns que aparecem associados a tudo isso é a irritabilidade, ansiedade e taquicardia”, revela a especialista.
Dra Maria José comenta que identificar as doenças causadas pelo estresse é fundamental para conter os sintomas desse problema cada vez mais presente na sociedade moderna. “Por questões hormonais, o estresse afeta diretamente o funcionamento de diversos órgãos do corpo e pode causar insônia, distúrbios alimentares, prisão de ventre, depressão e até problemas no coração”, alerta a médica.
Durante perÃodos curtos, as alterações provocadas pelo estresse são até benéficas ao organismo, já que nos nÃveis normais, a liberação de hormônios que ocorre durante esses momentos tensos é até necessária para o equilÃbrio das funções orgânicas. Mas, a especialista em psicossomática alerta: “Quando passa uma determinada fase da vida e esses sintomas ainda são constantes, há o risco de evoluir para o estresse crônico e causar graves danos à saúde”, diz.
Dra Maria José revela ainda que o estresse crônico diminui a defesa imunológica e deixa o indivÃduo mais vulnerável a alguns sinais caracterÃsticos desse problema. Os mais evidentes são: consumo descontrolado de álcool e de cigarros, cansaço e indisposição mental, tensão e dores musculares, desinteresse pelas coisas, preocupações excessivas, dificuldade de memória, aumento da ansiedade, falta de concentração, alterações no apetite, irritação constante, alteração de sono e de humor.