A instabilidade política na Venezuela se tornará tema de discussão entre Brasil e EUA hoje (22), com a vinda do vice-secretário americano, John J. Sullivan, para lançamento do Fórum sobre a crise política e humanitária que acontece no país governado por Nicolás Maduro. Sullivan terá uma reunião no Itamaraty com o embaixador Marcos Galvão, que é secretário-geral das Relações Exteriores do Brasil.
No último domingo (20), Nicolás Maduro foi reeleito como presidente da Venezuela com 5.823.728 votos, em eleição polêmica e contestada por diversos países da UE, do Grupo de Lima e pelo Estados Unidos. O pleito ficou marcado, também, pelo alto índice de abstenções. Dos 20 milhões de eleitores que foram chamados às urnas, apenas 46% votaram.
Donald Trump, presidente do Estados Unidos, assinou ontem (21) uma ordem executiva que limita a venda de títulos e ativos públicos do Executivo da Venezuela em solo americano. Em comunicado, Trump disse: “pedimos ao regime de Maduro para restaurar a democracia, realizar eleições livres e justas, libertar todos os presos políticos imediata e incondicionalmente, e acabar com a repressão e privação econômica do povo venezuelano”.
O vice-presidente do EUA, Mike Pence, também se pronunciou, através de seu Twitter, sobre os resultados. “As eleições na Venezuela foram uma farsa. Os Estados Unidos estão contra a ditadura e com o povo da Venezuela pedindo eleições livres e justas. O presidente tomou medidas enérgicas contra a Venezuela e há mais por vir”.
O Brasil também decidiu não reconhecer o resultado das eleições venezuelanas e, através do Itamaraty (Ministério das Relações Exteriores), se pronunciou. “Nas condições em que ocorreu – com numerosos presos políticos, partidos e lideranças políticas inabilitados, sem observação internacional independente e em contexto de absoluta falta de separação entre os poderes – o pleito do dia 20 de maio careceu de legitimidade e credibilidade”.
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